O governo da Venezuela foi alvo de novas represálias da ONU (Organização das Nações Unidas) por violações de direitos humanos. Um relatório publicado nesta quarta-feira (30) acusa a atuação abusiva das forças de segurança venezuelanas na repressão de manifestações.
Segundo a agência de direitos humanos das Nações Unidas, as ações "amplas e aparentemente deliberadas" na Venezuela denotam "uma política para reprimir a dissidência política e instilar o medo". O texto aponta que 5.000 pessoas foram detidas em protestos ocorridos desde abril entre elas, mais de mil estavam sob custódia até 31 de julho.
A agência ainda afirma que o governo venezuelano e os grupos chavistas são responsáveis por 73 mortes desde abril há ainda 51 vítimas fatais que não tiveram responsabilidade determinada. O governo alega que entre os 124 mortos estão nove membros das forças de segurança e quatro pessoas atacadas por manifestantes.
Além de sugerir novas investigações, o relatório pede que o ditador Nicolás Maduro solte manifestantes presos arbitrariamente e pare de usar tribunais militares para julgamentos de civis.
Munição real
O documento também afirma que as forças de Maduro utilizaram cilindros de gás lacrimogêneo, canhões de água e munição real para reprimir protestos. Em contrapartida, alguns manifestantes recorreram a meios violentos o texto cita pedras, coquetéis molotov e morteiros caseiros.
No dia 8 de agosto, as Nações Unidas já haviam denunciado o uso de torturas e força excessiva no país sul-americano. O Escritório do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos apontou o uso de "choques elétricos, a prática de suspender os réus pelos pulsos durante períodos prolongados, asfixiá-los com gases e ameaças de morte e em alguns casos com violência sexual aos detidos e a seus familiares".
Os protestos anti-chavistas ganharam mais força após a instalação da Assembleia Nacional Constituinte, que pretende escrever uma nova Constituição venezuelana em meio a crise. O ditador Maduro afirma que o país é vítima de uma "insurreição armada" de opositores apoiados pelos Estados Unidos interessados no controle da indústria petrolífera.
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