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Um ex-chefe de inteligência militar venezuelano detido na ilha caribenha de Aruba, acusado de tráfico de drogas pelos EUA, foi libertado e voltou para casa neste domingo (27).

Em vez de ser extraditado para os EUA, o general aposentado Hugo Carvajal retornou à Venezuela depois de o governo da Holanda decidir que ele tinha imunidade diplomática, segundo informaram seu advogado e autoridades venezuelanas.

Chefe da inteligência militar da Venezuela de 2004 a 2008, durante a Presidência de Hugo Chávez (1954-2013), Carvajal foi preso na quarta-feira (23) depois de viajar para Aruba, ilha semiautônoma que faz parte do Reino dos Países Baixos (nome oficial da Holanda).

Reunidos no domingo no congresso do PSUV, o partido governista da Venezuela, autoridades comemoraram a libertação do general como uma "vitória" sobre seus inimigos ideológicos nos EUA. "É uma vitória da soberania e da legalidade", afirmou o presidente Nicolás Maduro, que elogiou a "coragem" do governo holandês.

Autoridades americanas e políticos da oposição venezuelana acusam Carvajal por anos de conivência do Estado com o narcotráfico e lhe atribuem apoio às guerrilhas das Farc na vizinha Colômbia.

Desde 2008, o general aposentado está numa "lista negra" de Washington. Segundo os EUA, ele evitou que carregamentos de cocaína fossem apreendidos por autoridades antidrogas venezuelanas e forneceu armas e abrigo aos guerrilheiros das Farc na fronteira.

Carvajal nega as acusações. No domingo, Maduro acusou o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe, que recentemente assumiu uma cadeira no Senado de seu país, de ajudar a "inventar" as denúncias.

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