Venezuelanos convocados pelo presidente interino, Juan Guaidó, marcham neste sábado (4) em direção aos principais quartéis do país para exigir que as Forças Armadas deixem de apoiar o ditador Nicolás Maduro. Os manifestantes tentam convencer os militares a apoiarem o governo de transição liderado por Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.
O presidente interino, que liderou o levante junto com outro nome importante do movimento, Leopoldo López – libertado pelos insurgentes de sua prisão domiciliar –, enfatizou a natureza pacífica das manifestações.
Neste sábado, o ditador Nicolás Maduro convocou militares a ficarem a postos para defender o país de um possível ataque dos Estados Unidos. “Compartilhamos importantes reflexões sobre o cerco imperial de nossa Pátria e expressamos nossa firme determinação de defender a soberania nacional com lealdade e patriotismo”, escreveu Maduro no Twitter.
Caracas e Moscou
Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e da Venezuela, Jorge Arreaza, se reunirão neste domingo em Moscou, informou o governo russo. "No domingo, 5 de maio, os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Venezuela participarão de conversas em Moscou", disse um porta-voz da chancelaria russa citado pela agência oficial TASS.
Os dois ministros conversarão sobre o desenvolvimento da situação na Venezuela após as tentativas da oposição de fazer com que as forças armadas do país caribenho se voltassem contra o governo de Maduro.
A Rússia, um dos principais aliados de Maduro no exterior, se opõe de maneira categórica a qualquer tipo de ingerência nos assuntos internos da Venezuela, enquanto os Estados Unidos não descartam uma intervenção militar.
A situação na Venezuela foi um dos temas que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, abordaram em uma conversa telefônica na sexta-feira.
De acordo com o Kremlin, Putin disse a Trump que a ingerência externa e as tentativas de mudança de poder pela força apenas pioram a situação e deixam ainda mais distante uma solução pacífica para a crise no país sul-americano.
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