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Motociclistas percorreram uma das principais avenidas de Caracas, numa manifestação contra eleição presidencial cheia de indícios de fraude
Motociclistas percorreram uma das principais avenidas de Caracas, numa manifestação contra eleição presidencial cheia de indícios de fraude| Foto: EFE/Henry Chirinos

A população da Venezuela foi às ruas nesta segunda-feira (29) para protestar contra os indícios de fraude no resultado da eleição presidencial de domingo (28).

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelo chavismo, proclamou o ditador Nicolás Maduro como vencedor, num processo cuja falta de transparência foi denunciada pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.

A ONG Provea publicou no X fotos de uma manifestação em Caricuao, distrito de Caracas. “Dezenas de manifestantes pacíficos reúnem-se em frente ao comando da GNB [Guarda Nacional Bolivariana], exigindo respeito pela vontade popular. Vizinhos de Ruiz Pineda, Barrio El Onoto e várias UDs [regiões] de Caricuao juntaram-se ao protesto. Um bloqueio da PNB [Polícia Nacional Bolivariana] os impede de avançar. Três patrulhas da DAET [Diretoria de Ações Estratégicas e Táticas] permanecem estacionadas a metros do bloqueio policial”, escreveu a ONG.

Também em Caracas, centenas de venezuelanos em carros e motos percorreram uma das principais avenidas da capital venezuelana, em direção ao oeste da cidade, onde estão localizadas as sedes do poder público, incluindo o palácio presidencial de Miraflores.

Vários dos manifestantes arrancaram cartazes da campanha de Maduro e os arrastaram pelo chão, amarrados a motocicletas, com os motociclistas batendo panelas e frigideiras em sinal de protesto.

Imagens de agências de notícias mostraram que, devido ao receio de represálias das forças de segurança chavistas, alguns motociclistas colocaram camisetas no rosto para não serem identificados.

Depois do primeiro grupo de motoristas, continuaram a passar pelas avenidas outros condutores e centenas de cidadãos a pé, alguns deles carregando a bandeira venezuelana, a maioria procedente de Petare, a maior favela do país, tradicionalmente chavista.

Os cidadãos entoaram frases como “Se vê, se sente, Edmundo [González, candidato oposicionista] presidente”, “Vai cair, vai cair, este governo vai cair” e “Maduro, não te queremos”, entre outras.

No estado de Falcón, segundo informações do jornal argentino Clarín, moradores inconformados com o resultado altamente questionável da eleição presidencial derrubaram uma estátua de Hugo Chávez, padrinho político e antecessor de Maduro. (Com Agência EFE)

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