O racionamento fracassou. As chuvas ainda não vieram. Então, os funcionários do setor elétrico venezuelanos estão buscando ajuda divina para solucionar a crise energética do país.

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A estatal Edelca convocou todos os seus funcionários para uma hora de orações na sexta-feira -- o "Clamor a Deus pelo Setor Elétrico Nacional."

"Apoiamos estas convocações com a nossa presença, unidos no nosso compromisso de erguer nossa grande companhia", disse o presidente da Edelca, Igor Gavidia León, em nota a seus funcionários, sob uma citação bíblica dizendo que Deus ouve as preces dos humildes.

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A Edelca, subsidiária da estatal energética Corpoelec, administra a enorme hidrelétrica de Guri, que já chegou a gerar quase metade da eletricidade venezuelana, mas há meses sofre com a baixa do seu reservatório.

A Venezuela tem tido apagões desde 2009, o que o presidente Hugo Chávez atribuiu à seca e à alta na demanda após cinco meses de crescimento. A oposição diz que o problema foi de falta de investimentos públicos nos 11 anos do atual governo.

Nesta semana, Chávez declarou "emergência energética" e assinou um decreto que oferece bons descontos a empresas e residências que reduzirem seu consumo, mas multa quem não cortar o uso de energia.

Luz em avisos publicitários

O governo venezuelano proibiu nesta quarta-feira o uso de eletricidade em placas e avisos publicitários luminosos como parte do plano de emergência decretado nesta semana pelo Executivo para fazer frente a crise energética.

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O Ministério de Energia Elétrica decretou nesta quarta-feira uma resolução pela qual se proíbe o uso de eletricidade nos "sistemas de publicidade contidos ou promovidos em placas e avisos publicitários luminosos", de acordo com o Diário Oficial.

A resolução também proíbe o uso de energia nos avisos e placas localizados em vias públicas, mas excetuou as farmácias, centros de saúde e as instalações de segurança que deverão usar lâmpadas econômicas.

O governo informou que as novas proibições permanecerão vigentes "até que se supere a situação de emergência" e que o não-cumprimento da regulação pode acarretar no "corte do serviço elétrico de forma indefinida".