Um israelense de 45 anos, que ateou fogo a si próprio em protesto contra a crise econômica, morreu nesta quarta-feira (1º) em consequência dos ferimentos, disseram os médicos do Hospital Tel Ha Shomer em Tel-Aviv. O hospital informou que Akiva Mafi, um veterano de guerra e paraplégico, ateou fogo ao próprio corpo em 22 de julho, noticiou a agência France Presse (AFP).
Mafi é o segundo israelense a se suicidar por causa da crise em Israel. Segundo o jornal Haaretz, o aposentado Moshe Silman, de 57 anos, suicidou-se há alguns dias em protesto contra a crise. Mafi morreu dois dias após o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovar mais um pacote de medidas de austeridade. Segundo o jornal The Times of Israel, Mafi sofreu queimaduras em mais de 80% do corpo após atear fogo a si próprio em um posto de gasolina. The Times of Israel informou que duas pessoas tentaram se matar com fogo em Tel-Aviv na noite de terça-feira mas foram impedidas por transeuntes.
No ano passado, amplos protestos sociais tomaram conta de Israel contra o custo de vida, o alto preço dos imóveis e os aluguéis. Suicídios em protesto econômico, contudo, ainda não haviam ocorrido em Israel e foram característicos dos países árabes no começo da Primavera Árabe. No final de 2010, o suicídio de um jovem desempregado na Tunísia detonou os protestos contra o regime autoritário.
As informações são da Dow Jones.