Depois de mais de um mês e meio de conflito armado, o governo do ditador líbio Muamar Kadafi teria enviado ontem a Atenas, na Grécia, um emissário para discutir uma saída diplomática para a crise política na Líbia. Supostamente falando em nome do regime, o vice-chanceler Abdul Ati al-Obeidi encontrou-se com o ministro das Relações Exteriores grego, Dimitris Droustas, levando uma proposta de paz com os rebeldes não revelada.
As aparentes negociações ocorreram ao mesmo tempo em que surgiam rumores de que um dos filhos de Kadafi teria uma proposta de "transição" de governo. O encontro entre os chanceleres foi confirmado pelo governo grego. Após a reunião, o gabinete de Droustas divulgou nota oficial sobre as discussões.
"Segundo as afirmações do enviado líbio, parece que o regime está buscando uma solução", diz o texto. Em resposta, o grego teria reforçado as condições impostas pela comunidade internacional: "Respeito total e aplicação das decisões da Organização das Nações Unidas (ONU), cessar-fogo imediato e fim da violência e das hostilidades, em especial contra populações civis da Líbia".
A realização do encontro reforça as suspeitas de que o governo de Muamar Kadafi está buscando uma solução política para o impasse no interior do país. Ontem, o jornal The New York Times afirmou que um dos filhos do líder líbio, Saif al-Islam Kadafi, teria apresentado uma proposta de "transição para uma democracia constitucional" aos países líderes da coalizão - Estados Unidos, França e Grã-Bretanha. Segundo a suposta oferta, a transição seria liderada pelo próprio Saif.
Nenhuma confirmação foi divulgada em Trípoli sobre as supostas reuniões diplomáticas. Na Europa, as eventuais negociações e as deserções, como a do ex-chanceler líbio Moussa Koussa são apresentadas pela coalizão como sintomas da perda de poder do regime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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