Ainda antes da realização da Cúpula pela Paz na Ucrânia, promovida na Suíça, em que o Brasil se recusou a assinar uma declaração conjunta com outros países, a vice-ministra de Relações Exteriores da Ucrânia, Iryna Borovets, cobrou do governo brasileiro um papel maior nas negociações com a Rússia.
“Considerando a postura internacional do Brasil e a posição global em que o país se encontra, poderia estar mais envolvido nas negociações de paz”, disse a vice-chanceler à CNN Brasil, durante visita.
A autoridade ucraniana disse ainda “ser grata” a uma tentativa do Brasil e da China de negociar uma resolução para a guerra no fim de maio. Contudo, Borovets não deixou de fazer críticas à proposta:
“O que não vimos nos seis pontos da declaração do Brasil e da China é a menção da soberania e integridade territorial da Ucrânia.”
Os países defendem uma conferência internacional que seja reconhecida tanto por Ucrânia quanto pela Rússia “com participação igualitária de todas as partes, bem como uma discussão justa de todos os planos de paz”, conforme destacado no acordo.
Borovets disse ainda que o governo ucraniano espera um encontro entre Lula e o presidente Volodymyr Zelenski, o que seria essencial para a relação bilateral dos países.