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Vários ativistas da sociedade civil e deputados apresentaram um pedido de impeachment na Câmara dos Representantes das Filipinas contra a vice-presidente do país, Sara Duterte, nesta segunda-feira (2).
A medida foi tomada após uma ameaça de morte da política contra o atual presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr, no mês passado. No último dia 23, Duterte disse em uma entrevista coletiva que havia contratado um assassino para matar o mandatário, com quem divide o poder, sua esposa e o presidente da Câmara, Martin Romualdez, caso ela fosse assassinada.
Mais tarde naquele dia, ela se justificou dizendo que a declaração não era uma ameaça, mas uma "preocupação com sua própria segurança".
Além da ameaça de morte, outras razões foram apresentadas no anúncio do pedido de impeachment contra a vice-presidente das Filipinas, como sua suposta participação em execuções extrajudiciais de suspeitos de tráfico de drogas, corrupção e falha em enfrentar a agressão chinesa no disputado Mar da China Meridional.
Duterte foi acusada de "violações graves" contra a Constituição. A agência Associated Press (AP) teve acesso a uma cópia do documento que diz: "As ameaças da vice-presidente demonstram o grau de incapacidade mental da acusada, a sua depravação e a sua falta de aptidão mental para continuar a ocupar o alto cargo de vice-presidente das Filipinas”.