Amado Boudou foi vice presidente da Argentina durante o segundo mandato de Cristina Kirchner| Foto: /Fotos Públicas

Amado Boudou, vice-presidente da Argentina durante o segundo mandato de Cristina Kirchner (2011-2015), está sendo processado sob a acusação ter viajado duas vezes sem pagar em aeronaves de empresários do país.

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Os voos foram realizados no mesmo dia, 17 de dezembro de 2011 -- uma semana após assumir como vice-presidente. Antes de ocupar o cargo de vice, Boudou havia sido ministro de Economia.

Um dos voos ao qual o processo se refere foi do aeroporto de Buenos Aires Jorge Newbery para o balneário de Necochea, ao sul da capital.

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A viagem foi feita em um avião da companhia Alas de Fin del Mundo, de aluguel de aeronaves e que tem como sócio Nazareno Natale. O empresário e o ex-intendente (espécie de prefeito) do balneário, Horacio Tellechea, também estão sendo processados.

O outro deslocamento, que durou seis minutos, foi realizado em um helicóptero da Ecocyma até um parque onde Boudou participou de um ato a convite de Tellechea.

Segundo o jornal “La Nación”, a Ecocyma já venceu concessões para realizar obras públicas.

Congresso

Também de acordo com o veículo, o presidente Mauricio Macri convocará uma sessão extraordinária no Congresso para a próxima quinta-feira (11). Nela, o processo de aprovação dos indicados do dirigente para a Suprema Corte deverá ser iniciado.

Em dezembro, Macri designou por decreto dois magistrados para a mais alta instância do Poder Judiciário do país. As nomeações causaram controvérsias, pois costumavam ser feitas com o aval do Legislativo.

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Para analistas políticos, o mandatário utilizou o dispositivo por não ter maioria no Congresso e temer um rechaço.

Nesta semana, porém, desentendimentos na oposição fizeram com que a bancada de Macri ganhasse força. Agora, ela conta com 90 deputados. A Frente para a Vitória, de Cristina Kirchner, com 89. A ala moderada, para a qual foram os dissidentes, 64.