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O vice Nicolás Maduro (direita) se encontra com o rival de Chávez, o líder opositor Henrique Capriles (centro) | Presidência da Venezuela/EFE
O vice Nicolás Maduro (direita) se encontra com o rival de Chávez, o líder opositor Henrique Capriles (centro)| Foto: Presidência da Venezuela/EFE

Governo brasileiro

Brasil defende nova eleição em caso de morte do presidente

Agência O Globo

O governo brasileiro continua em contato permanente com integrantes do governo da Venezuela, que vive momentos de incerteza política por conta do estado grave de saúde do presidente Hugo Chávez. Interlocutores da presidente Dilma Rousseff mantêm, desde a campanha de reeleição de Chávez, no ano passado, canais de comunicação com chavistas e com a oposição. Embora tenha afinidade com o grupo de Chávez, o governo brasileiro tem feito chegar ao principal nome da oposição, Henrique Capriles, sua avaliação de que em caso de morte de Chávez a Constituição tem que ser cumprida rigorosamente, por meio da convocação de novas eleições em até 30 dias.

O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, esteve em Havana por dois dias este ano para acompanhar a evolução da saúde de Chávez, que luta contra um câncer. Marco Aurélio é próximo do vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a quem assessorou informalmente durante a campanha presidencial daquele país no ano passado. Declarações de Garcia na semana passada dando a entender que o governo apoiaria a posse de Maduro foram objeto de críticas dentro do governo. Ele foi avisado disso. Em resposta, o assessor teria explicado que apenas fora mal interpretado. Segundo essas explicações, Garcia teria dito que falara apenas em tese a partir de perguntas feitas por jornalistas sobre quem deveria assumir no último dia 10, data da posse do presidente eleito.

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse ontem que a saúde do presidente Hugo Chávez está melhorando após ter sofrido complicações da cirurgia realizada em dezembro para a retirada de um câncer na região pélvica.

Maduro voltou de uma visita de quatro dias a Cuba, onde esteve com o presidente e sua família. Na ocasião, o vice-presidente também se encontrou com os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Peru, Ollanta Humala, que ofereceram seu apoio a Chávez.

Em discurso na abertura do Conselho de Estado venezuelano, em Caracas, o vice disse que Chávez está batalhando contra a doença, mas sem dar detalhes específicos sobre seu estado de saúde.

"A verdade é que nosso comandante está batalhando, está subindo a montanha e isso nos enche de felicidade humana e felicidade pátria."

Ele afirmou que o presidente foi atualizado sobre os últimos passos de governo e reiterou ao chefe de Estado "o compromisso de trabalhar com serenidade, confiança e segurança".

Segundo Maduro, Chávez recebeu em Cuba parte de seu gabinete.

Chávez está há mais de um mês em Havana e não pôde participar da posse do mandato para o qual foi reeleito em outubro, apesar de a constituição venezuelana determinar que a cerimônia devia ter ocorrido em 10 de janeiro. Sua ausência alimentou dúvidas sobre sua capacidade real de seguir à frente do país.

Novo chanceler

O vice-presidente anunciou que Elias Jaua será o novo ministro de Relações Exteriores do país. Maduro acumulava o cargo na Chancelaria desde outubro, quando se tornou vice no lugar justamente de Jaua.

Segundo Maduro, foi Chávez quem fez a designação. O vice-presidente, por suas atuais atribuições delegadas pelo presidente convalescente, não tem prerrogativas para nomear e tirar ministros. Jaua perdeu a eleição para governador em Miranda em disputa com o líder da oposição Henrique Capriles.

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