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O vice-presidente do Iêmen, Abd Rabbuh Mansur al Radi, anunciou nesta quarta-feira (7) o novo governo de reconciliação nacional, liderado pelo líder opositor Mohammed Salem Basandawa, que tem a missão de tirar o país da crise que o atinge desde janeiro.

Hadi emitiu o decreto da formação do governo, divulgado pela agência estatal de notícias "Saba", que indica a distribuição das pastas entre a oposição e o Partido do Congresso Popular Geral (PCPG), do ainda presidente Ali Abdullah Saleh, que assinou em 23 de novembro uma iniciativa que estipula sua renúncia ao poder.

Pelo acordo, o Partido do Congresso Popular Geral (PCPG) de Saleh controlará os ministérios das Relações Exteriores, Petróleo e Defesa, enquanto a oposição ficará a cargo das pastas do Interior, Informação e Finanças.

O membro do PCPG Abu Bakr al Qorbi continua à frente do ministério das Relações Exteriores e o general Mohammed Nasser Ahmed como ministro da Defesa.

Entre as pastas que correspondem à oposição, Abdul Kader Kahtan, que pertence ao opositor Partido da Reforma Islâmica, ocupará o cargo de ministro do Interior, e Sakhr al-Wayih nas Finanças.

No executivo estão incluídos três ministérios de Estado, dois dos quais estarão a cargo da oposição e um do partido de Saleh.

Está previsto que o ato de posse dos novos ministros ocorra nesta quinta-feira (8), mas não foi feito nenhum anúncio confirmando a data do juramento.

Em 27 de novembro, o vice-presidente encarregou Basandawa, chefe do Conselho Nacional Opositor, de formar o Governo de reconciliação nacional, uma decisão que se ajusta à iniciativa promovida pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) para a transferência pacífica do poder no Iêmen.

Este plano, assinado por Saleh após meses de reservas, implica em sua renúncia ao poder no prazo de um mês a partir da assinatura e da convocação de eleições presidenciais, que já foram anunciadas para 21 de fevereiro de 2012.

O novo gabinete terá de fazer entre outras tarefas a cessação de todos os atos de violência e dos enfrentamentos entre o Exército iemenita e as milícias tribais e os militares desertores, assim como a abertura de um diálogo com os manifestantes opositores.

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