La Paz O vice-presidente boliviano, Alvaro García, liderará a partir de hoje as negociações para solucionar uma divergência sobre uma enorme jazida de gás no sul do país, que já provocou a morte de um manifestante e a suspensão temporária da exportação de gás para Argentina e Brasil.
Com a presença das autoridades das províncias envolvidas, o encontro ocorrerá em La Paz, a 1.200 quilômetros de distância do campo de Margarita, cuja jurisdição é alvo de disputa das províncias de Gran Chaco e OConnor, ambas no departamento boliviano de Tarija. Esta é uma antiga controvérsia pelo direito de quase US$25 milhões anuais e que provocaram na semana passada protestos violentos nos municípios de Villamontes onde um comerciante de 37 anos faleceu durante um confronto com o Exército, que protegia uma unidade de bombeamento da Shell. Em Yacuiba e Caraparí, centenas de moradores assumiram o controle de um grande campo de gás. A situação ficou tensa nos três municípios da circunscrição de Gran Chaco, que abriga a maior parte das reservas de gás da Bolívia, que chegam a 1,55 bilhão de m3, a ponto da tomada das instalações de petróleo ter prejudicado o fornecimento de gás ao Brasil e Argentina entre sexta-feira e sábado.
Depois que o Exército e a polícia retomaram o controle da situação na sexta-feira à noite, o bombeamento foi restabelecido ao meio-dia de sábado.
A negociação de La Paz deve ter as presenças do governador de Tarija, o opositor Mario Cossio, e de autoridades de Gran Chaco, que a princípio hesitavam a dialogar em La Paz com os pares de OConnor. "É preciso resolver a causa estrutural desta situação, que é o conflito de limites entre as duas províncias, que ficam sobre enormes reservas de gás nos contrafortes da cordilheira dos Andes, na fronteira com Argentina e Paraguai", afirmou o vice-ministro de Coordenação com os Movimentos Sociais, Sacha Llorenti. Cossio, responsabilizado pelo governo do presidente Evo Morales pela crise no sul boliviano, anunciou que apresentará "os antecedentes do problema, que foi tratado pelo governo local durante um ano e quatro meses". "Escutaremos as propostas do governo central para pacificar o Chaco", disse Gualberto Durán, líder civil de Yacuiba, o município que registrou mais atos de violência.
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