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O vice-ministro da Economia da Argentina, Gabriel Rubinstein, compartilhou um áudio com alguns economistas para "acalmar a situação" causada pelo vazamento de um suposto plano econômico que previa uma desvalorização de 50% do câmbio oficial do peso em relação ao dólar, disseram fontes oficiais nesta segunda-feira.
O esclarecimento do secretário de Programação Econômica, Gabriel Rubinstein, que tomou posse há uma semana, após ter sido questionado na coalizão governista por críticas que fez no Twitter à vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, foi dado após um suposto plano oficial ser publicado no domingo pelo portal "El Cohete a la Luna", um veículo considerado simpatizante do partido governista.
O suposto plano prevê uma redução da diferença entre os câmbios oficial e paralelo — dos atuais 111% para 30% — e recomenda uma desvalorização da taxa oficial, "próxima a 50%", elevando-a dos atuais 138,3 pesos no mercado atacadista para 200 pesos e deixando-a fixa até março de 2023.
No áudio, divulgado pela imprensa argentina, Rubinstein garante aos economistas que não haverá desvalorização, "pelo menos não nesta quinta-feira", e que seus planos "nada têm a ver com uma desvalorização iminente".
Rubinstein divulgou o áudio para alguns economistas para que "eles não fiquem presos à onda de rumores", e descreveu o vazamento como "uma operação".
Um porta-voz de Rubinstein também confirmou que viajará a Washington para uma "viagem técnica" antes da ida do ministro da Economia, Sergio Massa, que deverá embarcar para os Estados Unidos em 6 de setembro para se encontrar, entre outros, com a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
A Argentina vive uma situação econômica frágil, com uma inflação interanual de 71% medida em julho, uma escassez de reservas internacionais e um déficit fiscal financiado em grande parte pela emissão monetária, tendo fechado o acesso ao crédito internacional e enfrentando dificuldades para se financiar no mercado doméstico. Além disso, assinou um programa com o FMI para melhorar as condições de pagamento de uma dívida de US$ 45 bilhões com a instituição.
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