Uma pessoa próxima ao primeiro-ministro israelense Ehud Olmert disse nesta segunda-feira (8) que o governo apoiaria uma divisão de Jerusalém, questão que é considerada um elemento-chave para a conferência de paz entre israelenses e palestinos, que será patrocinada pelos Estados Unidos no próximo mês.
Como parte de negociações recentes entre ambos os lados, o vice-primeiro-ministro Haim Ramon propôs a entrega de muitos dos bairros árabes do leste de Jerusalém para os palestinos. Ramon afirmou que os palestinos poderiam estabelecer a capital de um futuro Estado nesse setor da cidade, que Israel capturou da Jordânia na guerra de 1967.
Mas Israel não transferiria o controle da Cidade Sagrada e dos bairros ao redor dela aos palestinos, acrescentou ele. Ramon não forneceu mais detalhes, mas de acordo com a mídia ele propôs que Israel abdique de parte da soberania na região que abriga os locais mais polêmicos no conflito que já dura 60 anos.
Em troca, Israel receberia o reconhecimento da comunidade internacional, incluindo dos países árabes, de sua soberania sobre os bairros judaicos e a existência de sua capital nesse local, de acordo com Ramon.
Na segunda-feira, Ramon disse que mesmo membros radicais da coalizão de Olmert, como o ministro para assuntos estratégicos Avigdor Liberman, do Partido Yisrael Beiteinu, apoiaria essa concessão israelense. O Partido Trabalhista, de centro, também apoiaria a proposta, segundo Ramon.
"Existem dois partidos centrais para chegar a um acordo sobre a questão", afirmou Ramon à rádio do exército. "A coisa mais importante é preservar o Estado de Israel judaico e democrático".
De acordo com essa proposta, os bairros no leste de Jerusalém, onde vivem cerca de 170 mil palestinos, seriam transferidos para o domínio palestino, disse Ramon.
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