Londres O vice-primeiro-ministro iraquiano, Barham Saleh, pediu ontem, em Londres, que as forças de coalizão não abandonem o Iraque agora e que superem o "pessimismo" e o "derrotismo" em relação ao futuro do país. "Sei que o compromisso da comunidade internacional não era indefinido, mas creio que bater em retirada agora não é uma boa idéia", disse Saleh à imprensa britânica, logo após uma reunião com o primeiro-ministro Tony Blair para tratar da situação no Iraque.
Saleh também revelou que até o fim do ano "sete ou oito das 18 províncias do país estarão sob total controle iraquiano". Porém acrescentou que para isso a presença das tropas lideradas pelos EUA é "crucial". O iraquiano entretanto não forneceu detalhes sobre o controle das províncias.
As declarações de Saleh geraram reações quase imediatas entre as autoridades americanas e britânicas. Em Washington, Dan Bartlett - um alto conselheiro da Casa Branca negou que o EUA estejam dando ultimatos para o governo iraquiano. "Utilizamos apenas uma série de parâmetros para medir os progressos dos iraquianos", disse.
O porta-voz da Casa Branca Tony Snow também negou que os EUA estejam ameaçando a retirar as tropas do Iraque. "Ainda há uma extensa lista de coisas a fazer antes que o Iraque possa se defender sozinho".
No Iraque, os sunitas comemoraram ontem a festa de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã. Mas em Bagdá, muitos deles não participaram das celebrações públicas por medo de ataques com carros-bomba ou grupos de extermínio xiitas. "Celebrar em público está muito perigoso. Saí apenas para ir à mesquita, onde havia apenas 50 ou 60 pessoas. No ano passado eram mais de 400", lamentou o professor Nadhim Aziz. Os xiitas comemoram o Eid al-Fitr entre hoje e amanhã.
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