O vice-presidente do Banco Central de Cuba (BCC), Alberto Quiñones Betancourt, afirmou durante o programa televisivo Mesa Redonda que a situação do país em relação à escassez de dinheiro é “crítica”.
O regime cubano iniciou no início deste mês um processo de "bancarização" das operações econômicas, medida que reduziu a quantidade de cédulas em circulação dentro de Cuba.
Com isso, a maior parcela da população, que ainda utiliza o dinheiro em espécie devido às limitações de acesso a tecnologias, é prejudicada e acaba ficando sem o recurso para seu sustento.
Apesar de reconhecer o problema financeiro da ilha, o porta-voz do governo afirmou que a prioridade do banco é melhorar o atendimento aos usuários, "assegurando" que o regime de Miguel Díaz-Canel busca uma solução para a falta de dinheiro.
Na última semana, trabalhadores da província de Guantánamo ficaram sem receber o salário referente ao mês de julho por falta de cédulas na instituição financeira.
Segundo denunciou o portal Venceremos, essa não foi a primeira vez que a população deixou de receber o pagamento, com relatos de profissionais que precisaram fazer empréstimos pessoais para pagar contas básicas da casa.
No final de julho, o regime do ditador Miguel Díaz-Canel proibiu empresas privadas de sacarem dinheiro de contas fiscais, além de ter limitado a retirada diária de 5.000 pesos [R$ 1.038 na cotação atual].
Além da falta de liquidez nos bancos, a ilha caribenha enfrenta crises no abastecimento de remédios, alimentação e combustível.