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Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente e porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, entidade que dirige o país desde a queda de Muammar Kadafi, apresentou neste domingo (22) sua renúncia após um polêmica sobre seus vínculos com o regime deposto.

Em declarações à emissora Al Jazeera, Ghoga explicou que sua decisão está vinculada ao seu desejo de preservar "o interesse do Estado".

"O mais importante nestes momentos é resguardar a CNT", acrescentou Ghoga, que fez questão de dizer que sua decisão foi unicamente pessoal.

O ex-vice-presidente do CNT, que já foi tachado de oportunista em diversas ocasiões por seus laços com o antigo regime, foi abordado por um grupo de estudantes durante um ato na universidade de Bengazi, realizado na última quinta-feira (19).

O CNT qualificou o gesto como um "ataque à soberania do povo líbio" e lembrou que seus representantes merecem o maior dos respeitos, independentemente de seu passado.

O incidente resultou na prisão de 11 estudantes. Neste domingo, um movimento estudantil voltaria às ruas para exigir a libertação dos 11 presos.

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