O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tentou dissipar o que chamou de impressões equivocadas antiamericanas comuns no Paquistão, ao mesmo tempo em que pediu na quarta-feira que o governo combata o extremismo religioso crescente.

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Os comentários de Biden numa entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gilani, foram feitos enquanto os EUA buscam aumentar a pressão sobre o Paquistão para que o país combata os militantes islâmicos que se refugiam em redutos na fronteira paquistanesa, de onde atacam as forças ocidentais no Afeganistão.

Horas depois de sua fala, um suicida invadiu uma mesquita com um veículo carregado de explosivos no noroeste do Paquistão, matando 17 soldados paramilitares e policiais, informou a polícia.

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A mesquita, que ficou bastante danificada, está ao lado de uma delegacia nos arredores da cidade de Bannu, na fronteira com o Waziristão do Norte, conhecido reduto de militantes da Al Qaeda e do Taleban. Autoridades afirmaram que pessoas ficaram presas nos destroços.

O Taleban paquistanês, que luta para desestabilizar o governo de Gilani, que tem o apoio dos EUA, assumiu responsabilidade pelo ataque.

O assassinato do governador de Punjab, Salman Tasser, na semana passada, pelo próprio guarda-costas por apoiar mudanças numa lei polêmica, colocou em evidência o que pode representar um perigo bem maior: o aumento do extremismo muçulmano dentro da sociedade geral.

Centenas de advogados se ofereceram para defender gratuitamente o assassino e ele foi recebido com uma chuva de pétalas.

Biden afirmou que os EUA estavam tristes pelo "assassinato a sangue frio de um homem corajoso e respeitável."

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"O governador morreu apenas porque era a voz da tolerância e do entendimento", disse ele numa entrevista coletiva transmitida ao vivo.

"Como vocês sabem muito bem, as sociedades que toleram tais atos terminam consumidas por essas ações."