O vice-presidente egípcio, Mahmoud Meki, anunciou neste sábado sua renúncia ao considerar que "sua missão de serviço à pátria terminou", informou a imprensa local.

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O anúncio do vice-presidente egípcio coincide com a jornada de votação da segunda fase do referendo sobre a nova Constituição, o qual não contempla a existência de uma Vice-Presidência no país. Na jornada eleitoral de hoje, os eleitores foram convocados às urnas em 17 províncias do país.

Em sua carta de renúncia, publicada pela agência de notícias estatal "Mena", Meki, que é juiz de profissão, explicou que já havia apresentado sua renúncia no último dia 7 de novembro, mas sua decisão acabou não sendo aceita por causa do "ambiente de preocupação" que reinava no momento.

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O magistrado lembrou que, na ocasião, existia uma grande inquietação pela ofensiva israelense na Faixa de Gaza, além da polêmica emenda constitucional apresenta pelo presidente Mohammed Mursi, a qual blindou seus poderes.

"Senti há muito tempo que a natureza do trabalho político não corresponde a minha formação profissional como juiz e, por isso, apresentei minha renúncia no último dia 7 de novembro", afirmou o vice-presidente egípcio.

Meki se transformou vice-presidente do Egito no último dia 12 de agosto, quando foi nomeado por Mursi.

Nascido em Alexandria em 1954, Meki é um magistrado conhecido por sua luta a favor das reformas durante o regime de Hosni Mubarak. Junto a outros juízes, ele se opôs à fraude nas eleições parlamentares de 2005, a qual, segundo os opositores, foi marcada pela ilegalidade.

O irmão do vice-presidente, Ahmed Meki, que também é juiz de formação, é o ministro da Justiça do Egito desde o último mês de agosto.

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