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Vida fora da Terra? Veja as principais teorias da ciência sobre a questão

 | /ESO/M. Kornmesser
(Foto: /ESO/M. Kornmesser)

A existência de vida fora da Terra é uma das questões que mais intriga e fascina a comunidade científica. Pudera. Com pelo menos 100 bilhões de outros planetas apenas em nossa galáxia, as chances de que organismos vivos estejam dando sopa a milhares de anos-luz daqui são realmente muito grandes.

“Só imagine o momento quando encontrarmos potenciais indícios de vida. Imagine o momento quando o mundo acordar e a raça humana entender que o longo tempo de solidão no tempo e no espaço está com os dias contados”, declarou Matt Mountain, um dos diretores do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial em Baltimore, durante uma palestra realizada na sede da Nasa, nos Estados Unidos, em 2014.

Na ocasião, a agência norte-americana apresentava ao público um roteiro de pesquisas que tinham como foco a busca de vida no universo. Cerca de um ano depois, o órgão anunciava a criação de um “instituto virtual” para unir cientistas de diversas áreas na busca por vida extraterrestre – o que demonstra que tal possibilidade não se fecha apenas nos curiosos debates sobre óvnis e ETs de rostos assustadores.

Nos últimos anos, foram vários os avanços importantes nesta escalada. O último, anunciado no dia 24 de agosto, mostra que um mundo possivelmente habitável pode estar mais perto do que imaginamos. Abaixo, algumas teorias que a Nasa já trouxe à público sobre as evidências mais fortes encontradas até o momento. Sem contar que muita coisa ainda está por vir.

Muitas, muitas possibilidades

A notícia é fresca e foi apontada como revolucionária. No último dia 24, a Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral (ESO, da sigla em inglês) mostrou que a estrela mais próxima de nosso sistema solar, chamada de Proxima Centauri, é orbitada por um planeta do tamanho da Terra.

Há anos pesquisadores tentavam descobrir se a “anã vermelha” tinha um planeta ao seu redor. Com uma massa de 1,3 em relação à da Terra, o Proxima b – nome que recebeu o planeta – orbita sua estrela a cerca de sete milhões de quilômetros. Ocorre que a estrela queima em uma temperatura bem menor que o Sol, colocando o Proxima b, assim como a Terra, em uma zona chamada de “cachinhos dourados”.

Nela, a temperatura não é tão quente a ponto de fazer a água evaporar, tampouco tão fria que a faça congelar. Além da água, o planeta também precisa de uma atmosfera para que possa abrigar vida. Esse ponto ainda não foi confirmado pelos pesquisadores, mas modelos de computador sugerem que ela existe.

Água à vista!

Talvez, a mais importante descoberta da Nasa até agora revelou a existência de água salgada em estado líquido correndo pelas montanhas de Marte durante o período de verão de lá. E, todos sabem: água é vida. O anúncio, que mexeu com esse mundo aqui já em fins de 2015, aumentou a especulação sobre a possibilidade de existência de vida no planeta mais parecido com a Terra no sistema solar.

Isso tudo fortalecido pelo fato de que, em dezembro de 2014, a sonda Curiosity havia detectado emissões de metano no planeta vermelho. Como uma das principais fontes desse tipo de emissão é a atividade biológica, especulou-se que poderiam existir micro-organismos lá. Mas, até agora, nada foi confirmado (ainda).

Potencialmente habitáveis

Em maio, veio a notícia: uma equipe internacional de cientistas anunciou a descoberta de um trio de planetas parecidos com a Terra que são a melhor aposta, até o momento, para encontrar vida fora do sistema solar. Os três orbitam uma estrela anã gelada que está a apenas 39 anos-luz de distância, e são provavelmente comparáveis à Terra e a Vênus em tamanho e temperatura. O estudo foi publicado na revista científica britânica Nature e foi apontado como a primeira oportunidade de achar rastros químicos de vida fora do sistema solar, abrindo um novo “campo de caça” a planetas habitáveis.

Na mira

Em maio, a Nasa anunciou que o telescópio espacial Kepler, lançado em 2009, descobriu 1.284 novos planetas fora do nosso sistema solar – fato que mais do que duplica o número de exoplanetas descobertos. O que isso quer dizer? “Isso nos dá esperança de que em algum lugar lá fora, em torno de uma estrela muito parecida com a nossa, poderemos, eventualmente, descobrir um planeta parecido com a Terra”, indicou Ellen Stofan, cientista-chefe da Nasa.

A nova descoberta inclui cerca de 550 corpos que poderiam ser planetas rochosos como a Terra, com base em seu tamanho, segundo a agência espacial americana.

Quem assobiou? (a título de curiosidade)

Parece teoria da conspiração, mas não é. Em fevereiro deste ano, a Nasa liberou o áudio de um estranho som que deixou a tripulação da missão Apollo 10 com a pulga atrás da orelha. O som esquisito teria sido registrado enquanto a equipe visitava o lado escuro da lua (ou lado oculto, como também é chamado) em 1969, dois meses antes de uma nave pousar no satélite.

Na gravação, ouvida ao fundo em uma reportagem especial do Science Channel, canal norte-americano, ouve-se um som que lembra um assobio. Esta constatação pegou de surpresa os exploradores espaciais na época, que, longe do alcance das frequências de rádio da Terra, não esperavam ouvir qualquer som. Como explicar isso?

Bem, para pôr panos quentes sobre a história, um técnico da Nasa explicou que os rádios dos dois compartimentos da nave [o módulo lunar e o módulo de comando] poderiam estar causando interferência entre si, o que justificaria o barulho.

Vídeo mostra detalhes do mistério:

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