O último vídeo de Fidel Castro, no qual ele aparece em melhores condições de saúde, estragou a festa que algumas pessoas estavam planejando nos Estados Unidos para a eventual morte do líder cubano. A afirmação foi feita com um certo tom de ironia pela imprensa oficial cubana.
Fidel, de 80 anos, reapareceu em imagens divulgadas na terça-feira, nas quais aparece ao lado de seu aliado político Hugo Chávez, presidente venezuelano, e pôs fim a três meses sem aparecer na mídia. Nesse período, surgiram muitos rumores sobre uma deterioração de sua saúde. Em Miami, reduto anti-Fidel Castro, foi adiado um plano de "comemorações" para a sua morte.
"Para o cúmulo de suas amarguras, o último vídeo mostrado sobre o encontro de Fidel e Chávez acabou com a festa daqueles que iriam celebrar a suposta morte do líder cubano, e as imagens devem tê-los deixado envoltos em seu próprio ódio", disse um artigo no jornal oficial "Granma".
O líder cubano deixou o poder interinamente nas mãos de seu irmão Raúl Castro há seis meses, depois de passar por uma delicada cirurgia da qual ainda se recupera. Porém, as informações não são precisas já que sua saúde foi declarada segredo de Estado e o líder nunca mais apareceu publicamente, somente por fotos e vídeos.
A "tranqüilidade interna, desfrutada por Cuba é um problema para a terra do Tio Sam. Todos os cálculos de Washington e de seus aliados na contra-revolução se viram frustrados", afirmou a nota.
A calma interna em Cuba durante esses seis meses é um "caroço na garganta" e a imprensa de Miami "sangra por causa desta ferida e não pode deixar de dedicar um espaço amargo ao tema", assinalou o Granma.
Em Miami, onde está o principal reduto de exilados cubanos nos Estados Unidos, alguns setores preparam festas para uma eventual morte de Fidel.
O prefeito Manny Díaz explicou recentemente que o ato previsto é parte de um plano de governo local para localizar a multidão que, acredita, "festejará" a morte de Fidel, porém esclareceu que não é uma "celebração" financiada pela cidade.
