Imagens registradas por uma emissora de TV na Índia mostram uma jovem de 17 anos sendo atacada por cerca de 20 homens por quase 30 minutos até a chegada dos policiais. O vídeo gerou a ira de telespectadores pelo país, que exigem a prisão dos criminosos e criticam severamente a equipe de jornalistas por não ter acudido a vítima.
A garota - uma estudante universitária de moda - comemorava o aniversário de um amigo em um bar na cidade de Guwahati. Por um motivo desconhecido, seu grupo foi obrigado a deixar o local e uma discussão começou nas ruas. Em meio à confusão, mais de 15 homens arrastaram a jovem para longe dos amigos e arrancaram parte de sua roupa, enquanto a molestavam sexualmente.
Em protesto contra o ataque, manifestantes foram às ruas da cidade com cartazes exigindo a captura dos envolvidos e questionando por que a equipe de reportagem não interferiu ou tentou ajudar a estudante. O editor chefe do canal NewsLive, Atanu Bhuyan, argumentou que seus funcionários poderiam ter sido vítimas da violência do grupo e que perderiam o registro do crime, tornando mais difícil a identificação dos culpados.
"Alguns vem me questionando por que o meu repórter e o cinegrafista filmaram o incidente e não impediram que a multidão molestasse a menina. Mas eu apoio meus funcionários, pois os vândalos teriam teriam atacado a minha equipe e impedido que eles filmassem a cena, destruindo a evidência do crime", argumentou o editor.
O abuso é mais um dos exemplos ataques a mulheres na Índia, onde estupros são causados por "provocação", segundo o que é divulgado por diversos veículos locais, segundo ativistas pelos direitos humanos. Enquanto o norte do país tem a má reputação de ser um lugar perigoso para mulheres, o estado de Assam, onde fica Guwahati, registra uma média ainda mais alta dos crimes.
O ministro do Interior da Índia, P. Chidambaram, condenou o ataque e disse que as autoridades devem punir os responsáveis pelo crime. O chefe de Governo do estado de Assam, Tarun Gogoi, reforçou que pediu a polícia que continue as buscas pelos criminosos. Até o momento, apenas quatro envolvidos foram presos.
"Ninguém tem o direito de molestar uma pessoa. Eu pedi à polícia para que continue a vigiar esses criminosos", afirmou Gogoi.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano