Imagens publicadas pelo Hezboolah de uma zona militar de Israel, no norte do país| Foto: Reprodução/X/Emanuel Fabien
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O grupo xiita Hezbollah publicou um vídeo de 10 minutos da região norte de Israel, expondo uma série de áreas sensíveis do país, como o porto de Haifa.

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Segundo a organização libanesa, que tem atacado o território israelense a partir da fronteira desde o dia 8 de outubro, as imagens foram obtidas a partir de drones de vigilância que rondaram a região, algo que não foi confirmado por Israel.

Um mês após os ataques do Hamas, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alegou que o grupo terrorista tinha enviado drones de vigilância sobre Haifa. Nos últimos meses, esses lançamentos se intensificaram, incluindo drones carregados com explosivos, no norte de Israel.

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Além da zona portuária, as imagens da costa de Haifa, a cerca de 27 quilômetros de distância da fronteira libanesa, também incluíram parte de uma base militar israelense, vários navios de guerra e infraestruturas que alegaram pertencer à unidade de submarinos da Marinha, Shayetet 7.

O Hezbollah afirmou que o drone voltou ao Líbano sem qualquer impedimentos, na tentativa de apontar uma fragilidade de segurança em Israel.

Pouco depois da filmagem ser divulgada, as Forças de Defesa (FDI) disseram ter abatido três drones sobre a Galiléia Ocidental.

EUA buscam reduzir tensões na fronteira entre Líbano e Israel

Os EUA estão tentando evitar uma guerra maior entre Israel e o Hezbollah, disse o enviado dos EUA, Amos Hochstein, nesta terça-feira (18), após uma escalada no fogo transfronteiriço entre os inimigos ao longo da fronteira sul que divide os países.

O Hezbollah, apoiado pelo Irã, tem trocado disparos com Israel nos últimos oito meses, paralelamente à guerra de Gaza. Na semana passada, o grupo disparou as maiores rajadas de foguetes e drones das hostilidades até agora contra instalações militares israelenses, depois que um ataque israelense matou o comandante mais graduado até então.

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Hochstein, enviado especial do presidente dos EUA, Joe Biden, disse que havia sido enviado ao Líbano imediatamente após uma breve viagem a Israel porque a situação era "séria".

"Vimos uma escalada nas últimas semanas. E o que o presidente Biden quer fazer é evitar uma nova escalada para uma guerra maior", declarou Hochstein na terça-feira.

Ele havia se reunido com o chefe do Exército libanês no início da manhã desta terça e falou aos repórteres após uma reunião com o presidente do Parlamento, Nabih Berri, que lidera o movimento armado Amal, que é aliado do Hezbollah e também disparou foguetes contra Israel nos últimos meses.

Os EUA e a França estão engajados em esforços diplomáticos para garantir um fim negociado para as hostilidades ao longo da fronteira do Líbano. O Hezbollah afirma que não interromperá seus ataques a menos que haja um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Nesta terça, Hochstein pediu ao Hamas que aceitasse uma proposta apoiada pelos EUA para um cessar-fogo em Gaza, que, segundo ele, "também oferece uma oportunidade para encerrar o conflito na Linha Azul", uma referência à linha de demarcação entre o Líbano e Israel, onde partes da fronteira internacional são disputadas.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]