Faixa com foto de Hersh Goldberg-Polin, israelense-americano capturado durante o ataque de 7 de outubro e feito refém pelo Hamas em Gaza| Foto: REUTERS/Hannah McKay
Ouça este conteúdo

Enfiados na traseira de uma picape, manchados de sangue, reféns israelenses são filmados por orgulhosos terroristas do Hamas. 

CARREGANDO :)

É assim que Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, Eliya Cohen, de 26, e Or Levy, de 33, todos sequestrados em 7 de outubro, foram levados à Faixa de Gaza, segundo mostrou um vídeo divulgado nesta segunda-feira (24) por familiares dos raptados.

Aviso: o material a seguir contém cenas sensíveis de violência:

Publicidade

Os três foram retirados à força de um bunker onde estavam escondidos após fugirem do festival de música SuperNova, no sul de Israel, que se tornou um campo de morte durante o ataque liderado pelo grupo terrorista. Levy estava com a esposa, assassinada naquela manhã. A namorada de Cohen, enterrada sob uma pilha de corpos, sobreviveu. 

Desesperadas para que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu feche um acordo pela libertação dos reféns com o Hamas, as famílias dos jovens aprovaram a publicação do vídeo pela imprensa. 

No vídeo, Goldberg-Polin senta na parte de trás de uma picape, coberto de sangue, após perder parte do seu braço esquerdo. 

As imagens revezam entre cenas de reféns feridos e captores comemorando, enquanto a picape acelera em uma estrada estreita. 

Publicidade

O ataque de 7 de outubro desencadeou a guerra em Gaza, que já dura quase nove meses. As tentativas de chegar a um cessar-fogo e garantir a libertação de cerca de 120 reféns ainda em cativeiro têm falhado. 

Um único acordo de trégua feito em novembro do ano passado garantiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos. Além disso, mais quatro reféns foram libertados pelo Hamas em outubro e outros três foram resgatados pelas forças israelenses, que já recuperou os corpos de 20 reféns.

Em abril, o Hamas divulgou um vídeo de Goldberg-Polin falando do cativeiro. Seu pai, Jon Polin, afirmou que eles viram o vídeo mais recente pela primeira vez uma semana atrás e sua publicação tem o objetivo de lembrar o mundo das pessoas em cativeiro cujas vidas estão em risco.  

"A vontade, após 262 dias, e quando você vê o seu filho ferido em um caminhão sendo empurrado, com o cabelo puxado, e outros sofrendo, é de agarrar os líderes mundiais pelo colarinho e dizer: tirem essas pessoas de lá", disse Polin à agência Reuters

"Vamos continuar a canalizar nossa força produtivamente e positivamente, mas tirem essas pessoas de lá", acrescentou.

Publicidade

Em resposta ao vídeo, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que ele "parte todos os nossos corações", ao enfatizar novamente a brutalidade do "inimigo que nós juramos eliminar". 

"Não encerraremos a guerra até que os nossos 120 entes queridos voltem para casa", disse Netanyahu, em um comunicado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]