O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou neste sábado um vídeo no qual afirma ter decapitado o jornalista japonês Kenji Goto, sequestrado na Síria.

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Em um vídeo com um minuto de duração, cuja autenticidade não pôde ser verificada por fontes independentes, um carrasco do grupo extremista afirma que a decapitação se deve à participação do Japão na coalizão internacional contra o EI no Iraque e na Síria.

Goto aparece vestido de laranja, como o EI costuma vestir seus reféns, algemado e de joelhos junto ao carrasco, que olha para a câmera falando em inglês.

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Canhoto, o assassino aparenta ser o mesmo que decapitou outros reféns ocidentais sequestrados pelo grupo radical, que em 2014 proclamou a criação de um califado em vastos territórios da Síria e do Iraque.

Há 11 dias, coincidindo com a viagem do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ao Oriente Médio, o EI divulgou um primeiro vídeo no qual exigia que Tóquio pagasse US$ 200 milhões para não assassinar Goto, capturado em outubro, e outro cidadão japonês, Haruna Yukawa, que foi executado no sábado passado.

Após o assassinato de Yukawa, o EI exigiu a libertação da terrorista Sayida al Rishawi, condenada à pena de morte em 2005 na Jordânia, para libertar Goto.

Desde então, os governos de Japão e Jordânia negociavam para libertar Goto e o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, sequestrados pelo EI na Síria.

Os jihadistas exigiram na quinta-feira que fosse entregue antes do "pôr do sol, no horário de Mossul (Iraque)" a extremista Al Rishawi em troca da liberdade de Goto e da vida do piloto.

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Amã aceitou a troca de Al Rishawi pelos dois reféns, mas a negociação de prisioneiros ficou aparentemente travada depois que a Jordânia exigiu do EI uma prova de vida do piloto jordaniano para cumprir o acordo.

Na mensagem divulgada pelos terroristas neste sábado, o carrasco do Estado Islâmico não mencionou o piloto jordaniano.