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Drama

Vídeo mostra mineiros soterrados no Chile

Vídeo de 5 minutos foi apresentado aos familiares de mineiros presos: aparência saudável tranquilizou | AFP
Vídeo de 5 minutos foi apresentado aos familiares de mineiros presos: aparência saudável tranquilizou (Foto: AFP)

Copiapó, Chile - O primeiro vídeo divulgado dos 33 homens presos em uma mina do Chile mostra os mineiros sem camisa, mais magros mas aparentemente saudáveis. De braços da­­dos, eles cantam o Hino Nacional e gritam "Longa vida ao Chile, e longa vida aos mineiros!".

Apenas cinco minutos do que seria um vídeo de 45 minutos foi exibido, no fim da quinta-feira, pela Televisión Nacional de Chile. Os homens fizeram as imagens com uma câmera mandada por um pequeno buraco que liga o abrigo de emergência no subsolo ao mundo exterior.

As imagens da mina San José mostram alguns homens de pé, outros deitados e aparentemente acordando. Um homem mostra orgulhoso o modo como eles organizaram o abrigo onde se refugiaram desde o deslizamento de 5 de agosto. Os mineiros também mostraram outras áreas por onde eles podem caminhar. "Nós temos tu­­do organizado", diz um dos mi­­neiros, aparentemente animado.

O guia subterrâneo mostrou uma mesa com dominós e comentou que "aqui é onde nós nos en­­tretemos". "Nós nos encontramos aqui todo os dias", acrescentou. "Nós planejamos, fazemos assembleias aqui todos os dias, para que todas as decisões sejam baseadas nos pensamentos dos 33."

A câmera foi enviada através do buraco usado para a comunicação. Um segundo buraco foi feito para enviar comida e um terceiro, para a ventilação. "Sauda­­ções à minha família! Nos tirem logo daqui, por favor", disse um dos mineiros no vídeo. Em um momento da gravação, um termômetro é focalizado, marcando 29,5 graus Celsius.

Empresa

A companhia proprietária da mina, San Esteban, informou que deve pedir falência e não poderá pagar os salários dos mineiros. A estatal chilena do setor de mineração escavará o túnel para retirar os homens, a um custo de US$ 1,7 milhão.

O fato de uma mina com problemas de segurança, de uma em­­presa com poucos recursos, poder operar virou foco de discussão no país. O senador Baldo Prokurica, membro do comitê de mineração do Senado, disse que pressiona há anos pelo aumento do número de inspetores para a agência regulatória do setor, a Sernageomin. Atualmente, há 18 inspetores nessa instituição, tornando esse trabalho muito difícil no país.

Em 2008, a mina onde os 33 estão presos reabriu mesmo sem ter cumprido com todas as regulações, disse ele.

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