Dois jovens empreendedores espanhóis apresentaram nesta semana, na Microsoft, uma aplicação baseada na tecnologia de movimento do Kinect, acessório que permite o controle de videogames sem o uso de joysticks, criada para ajudar os médicos a consultarem o histórico dos pacientes.
O projeto de Jesús Pérez, de 34 anos, e Daniel Calvo, de 25, ganhou um concurso de aplicações desenvolvidas para Windows usando o Kinect. O dispositivo foi lançado no mercado em novembro de 2010 para o console Xbox. A tecnologia permite aos usuários controlar o console com o movimento ou a voz.
O TedCas tem como objetivo ajudar os médicos a conduzirem as cirurgias assistidas por computadores e melhorar as condições de esterilização das salas de operações. O dispositivo permite que os médicos tenham acesso ao histórico dos pacientes sem que precisem sair da sala de cirurgia, e dessa maneira evitem o contato com telas de computador, teclados ou mouses, que podem ser fontes de contaminação.
Inteligência diminui violência, diz estudo
A história da humanidade representa uma evolução na qual as pessoas são cada vez mais inteligentes, e em consequência disso, menos violentas, diz estudo publicado nesta semana na revista Nature.
O psicólogo canadense Steven Pinker argumenta que o aumento da inteligência, que se reflete em pontuações médias cada vez mais altas nos teste de raciocínio abstrato, e também o desenvolvimento da empatia entre os seres humanos, propiciaram um declive da barbárie nos últimos séculos.
Além disso, a alfabetização e o cosmopolitismo favoreceram uma troca de ideias em nível global que "possibilita a compreensão do mundo e facilita os acordos" entre distintas sociedades.
"Apesar de atualmente nos sentirmos constantemente rodeados pela violência, em séculos anteriores a situação era muito pior. Impérios em colapso, conquistadores maníacos e invasões tribais eram comuns", afirma Pinker.
A arqueologia forense e a demografia sugerem que em torno de 15% dos indivíduos nas sociedades "pré-estatais" morriam de maneira violenta, uma proporção cinco vezes maior à registrada no século 20, apesar de suas guerras, genocídios e crises de fome.
Nesse sentido, Pinker revela que a afirmação popular de que "o século 20 é o mais sangrento da história" é uma mera "ilusão" que dificilmente pode ser apoiada em dados históricos.
A barbárie diminuiu comparada a épocas anteriores não só com relação a conflitos armados, mas também a comportamentos sociais, diz o pesquisador.
Taxista doa corpo para mumificação
Um britânico se tornou a primeira pessoa mumificada em 3 mil anos segundo o método utilizado para os faraós no antigo Egito. O processo foi transformado em documentário para o Channel 4, do Reino Unido.
Alan Billis, um taxista de 61 anos natural de Torquay, sudeste da Inglaterra, faleceu em janeiro vítima de um câncer de pulmão. Ele se comprometera a doar o corpo para um experimento de mumificação. "As pessoas doaram seus corpos para a ciência durante anos e, se as pessoas não fizerem de maneira voluntária, não se descobre nada", declara Billis no documentário. "Se não funcionar, não é o fim do mundo." Uma equipe liderada pelo médico forense Peter Vanezis usou um processo desenvolvido pelo doutor Stephen Buckley, químico da Universidade de York, que estuda há quase 20 anos a arte da mumificação.