Vários vídeos onde supostamente aparecem policiais atirando contra manifestantes durante a revolução de 25 de janeiro, no Egito, foram projetados em audiência do julgamento do ex-presidente Hosni Mubarak, neste sábado (17), perante o Tribunal Penal do Cairo.
"A corte mostrou um conjunto de fitas de vídeo que mostram os policiais disparando contra os manifestantes na Praça de Tahrir, e em frente à sede do Ministério do Interior", informou à Agência Efe o advogado de acusação, Khaled Abu Bakr, que é coordenador da União de Famílias dos Mártires da Revolução.
De acordo com o advogado, as imagens foram projetadas em um telão instalado na sala da Academia de Polícia, onde acontece o julgamento. Bakr afirmou que na audiência deste domingo serão exibidos os vídeos gravados pelo serviço secreto egípcio durante as manifestações.
Mubarak, o ex-ministro do interior Habib el Adli e seis de seus assessores são acusados de participação nos ataques contra manifestantes nos protestos que precederam a renúncia do ex-presidente, em 11 de fevereiro. Se declarados culpados, podem receber a pena de morte.
De acordo com a agência estatal de notícias "Mena", os réus não estiveram presentes na sessão deste domingo.
"Mena" acrescentou que nas fitas de vídeo e discos compactos também aparecem documentos de policiais e de membros do Partido Nacional Democrático que supostamente participaram das agressões.
Também há cenas de pessoas com ferimentos feitos por balas, espingardas, e balas de borracha, nos braços, abdômen, pernas, cabeça e olhos.
Na próxima semana, o tribunal deve continuar analisando o conteúdo dos DVDs e fitas que a Promotoria obteve de testemunhas que participaram da revolução e gravaram as agressões em telefones celulares ou câmeras de vídeo compactas.
As imagens também foram captadas por câmeras de vigilância de edifícios vizinhos à Praça de Tahrir.
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