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O governo da Hungria decidiu congelar os preços de seis alimentos básicos a partir de 1º de fevereiro, como medida de combate à inflação, anunciou o primeiro-ministro Viktor Orbán na quarta-feira.
Açúcar, farinha de trigo, óleo de girassol, pernil de porco, peito de frango e leite integral terão que ser vendidos pelo mesmo valor que custavam em 15 de outubro de 2021. Os estabelecimentos terão que reduzir os preços desses itens para chegar a esses valores.
Em vídeo divulgado pelas redes sociais, o premiê húngaro lembrou que há uma alta de preços em toda a Europa devido ao encarecimento dos combustíveis, e disse que a sua decisão irá proteger as famílias.
"Além de proteger as famílias, o governo também teve sucesso em frear os preços da gasolina, introduziu um corte na taxa de juros das hipotecas e as famílias húngaras têm acesso à energia com preço fixo, graças a uma política para reduzir os gastos em geral", afirmou Orbán.
A oposição reagiu ao anúncio, descrevendo a intervenção como uma "admissão de que a economia húngara está em um estado trágico".
Membros da aliança de oposição "A Hungria pertence a todos", formada por sete partidos, postaram a mesma mensagem em suas redes sociais:
"O governo precisa sair. Eles estão apenas agora começando a abordar os preços dos alimentos, nas últimas 12 semanas de seu governo de 12 anos com maioria de dois terços. Em vez de uma política econômica responsável, o aumento galopante de preços está sendo combatido com preços oficiais, o que equivale a uma confissão", afirma a aliança de oposição, prometendo reduzir o imposto sobre valor acrescentado de alimentos para 5%.
Eleições em três meses
Na segunda-feira (11), o presidente da Hungria, János Áder, marcou as eleições do país para 3 de abril, com um referendo proposto pelo partido de Viktor Orbán, o Fidesz, sobre questões LGBTQ para a mesma data.
Orbán enfrentará uma disputa com a ampla aliança de oposição unida contra ele. No momento, o Fidesz e a oposição estão empatados nas pesquisas de opinião.
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