Mais de 20 mil pessoas voltaram a seus vilarejos na "zona tampão" próxima à província de Ossétia do Sul, na Geórgia, desde que as tropas russas começaram a se retirar do local na semana passada, disse a agência de refugiados da ONU nesta terça-feira (14).
A Rússia, que lançou um contra-ataque contra a Geórgia em agosto, quando Tbilisi tentou retomar o controle sobre a província separatista, retirou suas tropas da zona que cerca a província, atendendo ao prazo estabelecido pelo acordo de paz mediado pela França.
"Mais de 20 mil pessoas voltaram para a 'zona tampão' e áreas vizinhas. Elas vão precisar de assistência para moradia", disse Andrej Mahecic, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para refugiados.
Ao todo, quase 80 mil das cerca de 133 mil pessoas que fugiram da área de combate voltaram até agora, segundo Mahecic.
"Com a situação mudada agora, muitas pessoas estão indo para casa. Mas, para elas, o problema é: para quê estão voltando?", disse Jessica Barry, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Na zona tampão, nas vilas ao norte da cidade de Gori, as pessoas que acabam de retornar não sabem como vão passar o inverno em suas casas, cujas janelas foram quebradas ou os telhados, queimados, segundo Berry.
Moscou reconheceu as regiões separatistas georgianas de Ossétia do Sul e Abkházia como Estados independentes e prometeu protegê-las. Tbilisi diz que a Rússia deve retirar suas tropas das duas províncias.
Cerca de 2.000 das 30 mil pessoas que fugiram da Ossétia do Sul para a Ossétia do Norte continuam na Federação Russa, segundo a agência da ONU.
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