Vinte países solicitaram nesta sexta-feira (31) a convocação de uma reunião urgente do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para avaliar o agravamento da crise na Venezuela. Quinta-feira (30), o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) se apropriou das funções da Assembleia Nacional.
O pedido, apresentado ao Conselho Permanente, é apoiado pelas missões na OEA de Brasil, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia, Estados Unidos e Uruguai.
Desta forma, a maioria dos 34 estados-membros da OEA se unem ao secretário-geral, Luis Almagro, no pedido de debate do caso venezuelano, após o Supremo do país decidir assumir as funções do Parlamento, dominado pela oposição.
Os mesmos países já haviam conseguido, na terça-feira, aprovar no Conselho Permanente uma discussão sobre a Venezuela, presidida pelo representante de Belize.
Mas a reunião urgente, que deve ocorrer segunda-feira (3), será presidida pelo embaixador da Bolívia, um declarado aliado da Venezuela, que assume à meia-noite desta sexta a presidência do Conselho Permanente.
A Venezuela rejeita qualquer intervenção da OEA em seus assuntos internos.
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