Depois de um fim de semana sangrento , Bagdá voltou a testemunhar nesta segunda-feira mais episódios de violência. Em três incidentes separados, carros-bomba mataram 26 pessoas e deixaram dezenas de outras feridas na capital iraquiana. Na pior explosão, dez pessoas morreram na bairro de Saidiya, que é dividido por sunitas e xiitas e é foco de constantes conflitos, de acordo com a polícia. Em outra ação terrorista, na região central de Bagdá, houve oito mortos e 40 feridos. Também no centro, um carro-bomba também foi detonado perto de um hospital para criança , matando quatro pessoas.
No sábado, um caminhão-bomba matou 135 pessoas na área xiita de Bagdá, na pior explosão desde que começou a invasão liderada pelos EUA em 2003. Episódios violentos também ocorreram no domingo.
Os atos de violência acontecem no momento em que forças de segurança dos EUA e do Iraque se preparam para lançar uma ampla ação na capital, vista como um último esforço para acabar com a violência sectária entre a maioria xiita e os sunitas. Grande parte do reforço de tropas dos EUA está sendo deslocada para a capital iraquiana.
O governo do presidente George W. Bush está sob crescente pressão. Há mais de uma nao e meio das eleições presidenciais, o tema "Iraque" domina as discussões. Bush disse à oposição que considera saudável debater a situação do Iraque .
Para bancar seus novos planos para o Iraque Bush pediu a liberação de mais de US$ 700 bilhões para cobrir gastos das Forças Armadas.
Um relatório que teve trechos divulgados na última sexta-feira alimentou mais a polêmica em torno de um conflito que já custou a vida de mais de 3.000 americanos.
O documento do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA informou que a violência sectária é maior desafio que a Al-Qaeda no Iraque e que o termo "guerra civil" já não traduz com exatidão o que ocorre no país árabe.