Quase 30 pessoas morreram no noroeste do Paquistão neste domingo numa onda de violência militante que, segundo autoridades, pode ser direcionada para vingar a ação em uma mesquita radical na capital do país na semana passada.
Também no domingo, militantes pró-Taliban na região do Vaziristão Norte, na fronteira com o Afeganistão, cancelaram um acordo de paz de dez meses com o governo depois de acusarem autoridades de violar o pacto.
Quase 90 pessoas, a maioria soldados paramilitares e soldados, foram mortos em ataques no noroeste desde 3 de julho, quando forças de segurança em Islamabad cercaram o complexo da Mesquita Vermelha depois de conflitos com homens armados. Comandos invadiram o complexo fortificado da mesquita uma semana depois, matando 75 seguidores de clérigos extremistas, a maioria deles militantes armados.
Neste domingo, 14 pessoas, sendo 11 soldados paramilitares, morreram em uma emboscada suicida contra uma patrulha no vale de Swat, na Província da Fronteira Noroeste.
Horas depois, um homem-bomba atingiu um centro de recrutamento da polícia na cidade de Dera Ismail Khan, na mesma província, matando 18 pessoas e ferindo 60, a maioria jovens que faziam exames, disseram autoridades. "Os ataques em Swat e em D.I. Khan podem ter ligação com Lal Masjid (Mesquita Vermelha)", disse o ministro do interior, Aftab Ahmed Sherpao, à Geo TV.
Na região de Swat, dois suicidas jogaram seus carros contra um comboio das forças de segurança, no momento em que uma bomba explodia na margem da estrada. Onze soldados e três civis morreram, disse o porta-voz militar Waheed
Arshad. Cerca de 30 soldados ficaram feridos.
No sábado, vinte e quatro soldados paramilitares foram mortos em um ataque com carro-bomba no Vaziristão Norte, no ataque mais sério contra forças de segurança desde novembro.
Analistas de segurança manifestaram temores de uma reação militante por causa da ação na mesquita.
O governo disse que 75 pessoas, sendo pelo menos 60 militantes, morreram no complexo, onde militantes haviam acumulado armas e um clérigo radical recusou-se a seguir ordens de rendição do governo.
Deixe sua opinião