Tropas do governo sírio atiraram e mataram quatro civis em disparos de artilharia e confrontos com soldados desertores neste domingo (15), colocando em teste o vigor do cessar-fogo, enquanto uma equipe de 30 monitores da Organização das Nações Unidas (ONU) deverá chegar a Damasco nas próximas horas. Um miliciano do governo foi morto por opositores na província de Hama, o que eleva pelo menos a cinco o total de mortos neste domingo. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo da oposição com sede em Londres, afirma que o exército bombardeou dois bairros de Homs, onde pelo menos três civis foram mortos. Desde que entrou em vigor em 12 de abril o cessar-fogo negociado pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, 32 pessoas foram mortas na Síria, segundo uma contagem do Observatório.
"O bombardeio contra o bairro de Khaldiyeh foi intensificado na manhã deste domingo, com uma média de três disparos por minuto", disse o chefe do Observatório Sírio, Rami Abdel Rahman, à agência France Presse (AFP). Ele disse que um civil foi morto em Khaldiyeh, outro em um bombardeio no bairro de Jobar e um terceiro foi atingido por um franco-atirador. Segundo relatos, com ambas as partes se culpando pela violência, um homem da milícia governamental Shabiha foi morto a tiros na cidade de Aqrab, na província central de Hama. O Observatório também afirma que um civil foi morto pela polícia no subúrbio de Douma, em Damasco.
O governo sírio alertou neste domingo que suas forças responderão aos "intensificados" ataques dos insurgentes, mesmo com a chegada iminente dos observadores militares da ONU.
"Os grupos terroristas armados intensificaram seus ataques de uma maneira histérica contra nosso exército, funcionários do judiciário e civis, em conjunção com a aprovação da resolução no Conselho de Segurança (da ONU) para enviar monitores", disse um oficial das Forças Armadas, citado pela televisão estatal.
Um ativista em Homs disse neste domingo, por meio do Skype, que a situação só ficou calma na última quinta-feira, quando o cessar-fogo entre governo e oposição entrou em vigor. Segundo ele, na sexta-feira o exército retomou os bombardeios. "Desde a sexta-feira os ataques foram retomados e estão crescendo. Qual cessar-fogo? Acontece uma explosão a cada cinco ou seis minutos" disse o ativista, morador de Homs e identificado como Yazan. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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