Foz do Iguaçu Os três principais chefes da Polícia Nacional do Paraguai em Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu, foram retirados do cargo ontem. Segundo a imprensa paraguaia, a onda de insegurança no estado de Alto Paraná, vizinho ao Paraná, onde estão sendo registrados casos de seqüestro e assaltos, motivou a troca dos policiais.
Deixaram os cargos o diretor da 4.ª Zona da Polícia Nacional de Alto Paraná, Cristino Torres; o chefe da Polícia Nacional, Víctor Agüero, e o chefe de Investigações de Delitos, Diosnel Ferreira. Todos estão sendo transferidos para outras repartições do país e sendo substituídos pelos policiais Dionísio Ginés, novo chefe da Polícia de Alto Paraná e Antonio Gamarra, setor de Investigação de Delitos. O nome do terceiro policial não foi divulgado ontem. Hoje também está prevista a mudança da chefia de Segurança.
Apesar da própria polícia negar, o insucesso registrado até agora na solução do seqüestro do líder da seita Reverendo Moon no Paraguai, empresário Hirokazu Ota, 62 anos e de outras três pessoas, é apontado como estopim para explicar a queda da cúpula policial de Ciudad del Este .
Ota e a sua secretária, Sawako Takayama, 37 anos, foram sequestrados na noite do dia 1o. de abril no estado de Caagazú, na rodovia que liga Ciudad del Este a Assunção, a 300 quilômetros da capital do país. Sawako acabou sendo colocada em liberdade na última segunda-feira próximo a um shopping em Assunção. O policial Rafael Ramos Balmori, que testemunhou o crime, também foi levado pelos seqüestradores juntamente com a noiva, a professora Nancy Gimenez. A quadrilha chegou a pedir resgate no valor de US$ 250,00 para libertar o empresário.
Suspeita-se que o grupo responsável pelo crime seja o mesmo que seqüestrou no mês passado o comerciante libanês Mohamad Barakat, 36 anos, em Foz do Iguaçu. Ele ficou em poder de criminosos durante 20 dias e acabou sendo solto no lado paraguaio após pagamento de US$ 150 mil em resgate. Somente este ano foram registrados cinco casos de seqüestros no estado de Alto Paraná.
O chefe de Relações Públicas da Polícia Nacional em Ciudad del Este, Augusto Lima, nega que a transferência dos policiais esteja vinculada aos seqüestros. "Há muitos comentários, mas o objetivo foi prioritariamente buscar melhores resultados. A troca é uma rotina na polícia do Paraguai e pode acontecer a qualquer momento", diz.
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