17 províncias argentinas já tiveram protestos e paralisações de policiais. Em duas delas, Córdoba e Rio Negro, as manifestações se encerraram após acordo com os governos para concessão de reajuste salarial aos policiais.
10 mortos foram confirmados durante as greves da polícia na Argentina: quatro em Chaco, três em Tucumán, uma em Entre Rios, uma em Jujuy e uma em Córdoba. Até a manhã de ontem, 130 pessoas haviam sido presas.
A festa popular organizada pelo governo da presidente Cristina Kirchner para celebrar os 30 anos da redemocratização da Argentina foi ofuscada ontem pela violência.
Pelo menos dez pessoas morreram em distúrbios causados por uma onda de saques que afeta várias províncias graças à ausência de policiamento: oficiais de 17 dos 24 governos provinciais estão parados em protesto por melhores salários e envolvidos em tensas negociações salariais.
Províncias como Chaco e Tucumán foram cenário de ataques ao comércio sem que a presidente Cristina fizesse qualquer tipo de declaração sobre a crise.
Dirigentes políticos, entre eles o chefe de governo da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri, pediram ao Executivo a suspensão do festival, mas o governo Kirchner decidiu manter a programação.
Os manifestantes aproveitaram a ausência de policiais nas províncias mergulhadas em conflitos salariais para roubar comida, eletrodomésticos, colchões, roupa e calçados, entre outros produtos.
Em alguns casos, os saques foram organizados através das redes sociais, principalmente pelo Facebook, onde foram criados grupos especiais para promover a invasão de estabelecimentos comerciais.
Na última segunda-feira, a Casa Rosada assegurou que atuará com "toda a força da lei", e em províncias como Salta já foram detidas cerca de 130 pessoas.
Após cirurgia, Cristina Kirchner é autorizada a viajar de avião
Folhapress
Cristina Kirchner voltou a fazer uma tomografia computadorizada de controle na noite de segunda-feira, na Fundação Favaloro, em Buenos Aires. Com os resultados "satisfatórios", os médicos autorizaram a presidente argentina a viajar de avião dois meses depois de ela ter sido submetida a uma cirurgia para a retirada de um coágulo na cabeça.
Com a alta médica para viajar, a mandatária poderá ir a Santa Cruz, no sul do país, cidade onde tem casa e vive seu filho, Máximo, com a mulher e seu único neto, Néstor Iván. Hoje, Cristina será submetida a novos exames cardiológicos. Há um ano a presidente apresenta uma leve arritmia cardíaca.
Ontem, Cristina voltaria a aparecer em um ato público depois de mais de dois meses. A presidente falaria à população em um palco montado em frente à Casa Rosada, na praça de Maio, no evento que celebrou os 30 anos da volta da democracia à Argentina. A seu lado ela teve a companhia de dois ex-presidentes do país: Fernando de La Rúa e Adolfo Rodríguez Saá. Carlos Menem e Eduardo Duhalde não compareceram.