Ataques aéreos israelenses atingiram postos avançados em Gaza, e palestinos atiraram foguetes contra o sul de Israel nesta sexta-feira, em meio à intensificação da violência após uma série de ataques ao longo da fronteira entre Israel e Egito.
Oito israelenses morreram e 25 ficaram feridos em ataques realizados na quinta-feira em uma rua normalmente tranquila no deserto. Soldados israelenses acusaram os novos líderes do Egito de perderem o controle na região do Sinai, gerando tensões entre os dois países vizinhos.
Ao menos sete dos agressores foram mortos pelas forças israelenses, que lançaram uma massiva operação de busca ao longo da fronteira, ao norte de Eilat, cidade turística na costa do Mar Vermelho. Segundo uma autoridade egípcia, três guardas de segurança egípcios morreram na troca de tiros.
Israel acusou os militantes de Gaza de orquestrar o ataque e a força aérea israelense atingiu diversos alvos na enclave palestina nas horas seguintes, matando o comandante do grupo acusado da agressão.
Fotos divulgadas na televisão nesta sexta-feira mostravam oito corpos em um necrotério de Gaza. Autoridades médicas disseram que um menino de 13 anos estava entre os mortos e ao menos 17 pessoas ficaram feridas em diversos ataques.
Militantes de Gaza atiraram 10 foguetes contra cidades no sul do Israel, um dos quais foi derrubado por um interceptor, informou o Exército israelense. Dois foguetes lançados contra a cidade de Ashdod deixaram destruição e dois feridos em uma sinagoga e na escola.
Israel disse que agressores se infiltraram na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, através do deserto do Sinai no Egito, apesar do aumento nos esforços das forças de segurança nos últimos dias para conter os radicais palestinos e islâmicos.
"Esperaríamos que o ataque terrorista de ontem na fronteira serviria como um impulso para que o Egito exerça mais efetivamente sua soberania no Sinai", disse uma autoridade israelense que não quis ser identificado.
"A avaliação israelense é de que o Egito não está nem um pouco interessado em ver os elementos extremistas estabelecerem uma plataforma no Sinai. Em nossa avaliação, isso prejudicaria o interesse deles tanto quanto o nosso", acrescentou.
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