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Crise profunda

Violência marca conflitos no Egito

Críticos do presidente deposto Mohamed Mursi ocupam a Praça Tahrir apoiados pelo exército | Asmaa Waguih/Reuters
Críticos do presidente deposto Mohamed Mursi ocupam a Praça Tahrir apoiados pelo exército (Foto: Asmaa Waguih/Reuters)

Nove pessoas morreram no Cairo ontem em confrontos entre opositores e partidários islamitas do presidente deposto do Egito Mohamed Mursi, relatou a mídia estatal, mantendo em turbulência a nação árabe mais populosa.

A violência eclodiu antes do amanhecer perto de um protesto da Irmandade na Universidade do Cairo, onde partidários de Mursi estavam acampados desde que o Exército retirou o político islamita do poder em 3 de julho, após protestos contra seu governo.

A Irmandade descreveu a ação como um ataque contra manifestantes pacíficos. Fontes da polícia disseram que centenas de partidários de Mursi entraram em confronto com moradores locais, vendedores de rua e outros perto do protesto. Há relatos de que armas foram disparadas e pedras, atiradas.

Com a Irmandade prometendo continuar nas ruas, o banho de sangue foi um exemplo recente da instabilidade enfrentada pelo Egito enquanto o governo interino recém-instalado segue uma agenda apoiada pelo Exército em direção a eleições em cerca de seis meses.

O jornal estatal Al-Ahram citou uma fonte do Ministério da Saúde dizendo que nove pessoas tinham sido mortas e 33 feridas, enquanto dois feridos nos confrontos de segunda-feira morreram, elevando para 14 o número de mortos na violência do Cairo nos últimos dois dias.

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