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Homens armados invadiram um bar, retiraram oito pessoas do local e mataram todas num estacionamento próximo, o primeiro de vários ataques na violenta cidade fronteiriça de Ciudad Juarez nesta quarta-feira que deixou 16 mortos, dentre eles um homem numa cadeira de rodas.

Uma perseguição de carro e disparos de tiros mataram três pessoas na frente de uma escola fundamental, gerando pânico entre estudantes, professores e pais.

Confrontos entre gangues rivais fizeram de Ciudad Juarez, do outro lado da fronteira com El Paso, no Texas, uma das cidades mais mortíferas do mundo. Mais de 800 pessoas foram mortas neste ano na cidade de 1,3 milhão de habitantes.

Homens armados invadiram o bar Aristos no meio da noite, disse Arturo Sandoval, porta-voz do escritório geral da promotoria do Estado de Chihuahua. Oito pessoas foram levadas para o estacionamento e mortas a tiros.

As vítimas não foram identificadas, mas Sandoval disse que pelo menos uma parece ser um adolescente.

Os tiros em frente à escola fundamental Benito Juarez aconteceram horas mais tarde. Sandoval disse que uma mulher e dois homens foram encontrados mortos dentro de um carro.

Homens armados num carro perseguiram outro veículo e abriram fogo em frente à escola por volta do meio-dia, disse um professor que pediu para não ter seu nome citado por temer por sua segurança.

O professor disse que uma colega grávida e três estudantes tiveram ataques de pânico e foram levados a um hospital. As aulas foram canceladas pelo restante do dia e os pais correram para buscar os filhos.

Homens armados abriram fogo em outra parte da cidade, matando quatro jovens. Em outro incidente, uma gangue de homens armados matou um homem numa cadeira de rodas, disse ele.

A polícia não tem informações sobre as identidade de nenhum dos atiradores.

Mas o Exército informou que libertou, na terça-feira, 16 reféns que estavam numa casa em Sabinas Hidalgo, cidade perto de Monterrey, norte do país. Um dos reféns era uma criança de um ano de idade.

Os soldados chegaram à casa em helicópteros, diz um comunicado. Homens armados abriram fogo e os soldados revidaram. Duas pessoas foram encontradas mortas dentro da casa, mas não está claro se eram sequestradores ou reféns.

Os soldados também confiscaram duas toneladas de maconha, nove armas e um lançador de granadas. Não está clara a razão pela qual as 16 pessoas eram mantidas reféns. Foi a segunda vez em dois dias que soldados libertaram reféns no Estado de Nuevo Leon, norte do país. Na segunda-feira, soldados mataram três supostos sequestradores e libertaram sete reféns durante uma ação num rancho. Dois corpos em decomposição foram encontrado perto de um caminhão.

Na manhã de terça-feira, quatro prisioneiros foram mortos quanto um grupo armado invadiu uma prisão na cidade de Altamira, informou o governo do Estado de Tamaulipas em comunicado.

Não está claro quem matou os dois homens e as duas mulheres. A polícia local informou que o grupo atacou enquanto 11 prisioneiros eram transferidos da prisão, mas as autoridades não confirmaram relatos de que a ação foi uma tentativa de libertar os prisioneiros ou se tiros foram disparados com forças de segurança.

Ataques de grupos a prisões são comuns em Tamaulipas, Estado que faz fronteira com o Texas onde uma sangrenta batalha eclodiu entre o cartel do Golfo e seu ex-aliado, o grupo Zetas.

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