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Um soldado do exército equatoriano em serviço em frente ao Centro Zonal de Privação de Liberdade nº 8, em Guayaquil, Equador.
Um soldado do exército equatoriano em serviço em frente ao Centro Zonal de Privação de Liberdade nº 8, em Guayaquil, Equador.| Foto: EFE/ Carlos Durán Araújo

A diretora da Penitenciária do Litoral, a maior do Equador, foi assassinada nesta quinta-feira (13) em um atentado que feriu um funcionário que a acompanhava no momento do ataque, segundo o Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI), a agência penitenciária estatal.

O ataque a María Daniela Icaza e ao funcionário ocorreu por volta das 18h (20h de Brasília) na rodovia que liga as cidades de Daule e Guayaquil, onde fica o complexo penal.

Icaza estava a caminho do Hospital Guasmo Sur, no sul de Guayaquil, quando, de acordo com a imprensa local, homens armados interceptaram o veículo e atiraram contra ela, que estava ao lado do motorista, que foi o funcionário ferido.

O SNAI informou inicialmente que Icaza havia conseguido ser levada com vida ao hospital, mas depois confirmou sua morte.

Esse é o segundo assassinato de um diretor de prisão em nove dias no Equador. Álex Guevara, diretor do presídio de Lago Agrio, na província de Sucumbíos, foi morto em circunstâncias semelhantes no último dia 3.

A Penitenciária do Litoral é a maior das cinco que compõem o complexo penitenciário de Guayaquil, abrigando mais da metade dos 12 mil detentos do complexo.

Entre 2021 e 2023, a prisão foi palco de massacres em confrontos entre gangues criminosas que lutavam pelo controle interno, pelo menos até a militarização dos presídios ordenada no início do ano pelo presidente do país, Daniel Noboa.

A entrada dos militares nas prisões foi parte do estado de emergência e do “conflito armado interno” declarado pelo presidente contra o crime organizado, que é responsabilizado por um aumento na violência criminal que fez do Equador o país com a maior taxa de homicídios da América Latina, com 47,2 por 100 mil habitantes em 2023.

A onda de assassinatos também vitimou outros diretores de prisões, além de autoridades como prefeitos, e um candidato presidencial, Fernando Villavicencio, assassinado logo após realizar um comício em agosto de 2023. (Com Agência EFE)

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