Díli A chegada de forças de paz estrangeiras a Timor Leste, nos últimos dias, diminuiu a violência que assola a capital do país, Díli, desde o final de abril. Mas ainda não foi capaz de restaurar a segurança, essencial para que os cerca de 100 mil timorenses que deixaram suas casas possam voltar. Novos tiroteios foram verificados ontem entre soldados demitidos (600) e seguranças oficiais.
O presidente timorense, Xanana Gusmão, visitou ontem um campo de refugiados e tentou, em vão, convencer os moradores a voltar para casa. Temerosos devido à ação de gangues armadas com facões que diariamente entram em confronto nas ruas, além de pilhar e queimar casas, moradores de Díli se aglomeram em centros comunitários, igrejas, acampamentos improvisados ou casas de parentes. Nos grandes acampamentos, a maioria passa o dia sob quentes "barracas" improvisadas muitas das quais se resumem a um plástico sobre suas cabeças.
O padre Adriano de Jesus, chefe de um campo de refugiados, disse que, durante a noite, uma gangue aterroriza a população. O refugiado Carlos Carvalho reclama da falta de alimentos: "Não temos comida suficiente. E estamos ficando sem água", disse.
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