Uma briga por causa de um jogo de bilhar degenerou em violência religiosa no norte da Nigéria, deixando quatro mortos em meio a escombros em cha­­mas de igrejas e mesquitas, informaram as autoridades do país, ontem.

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O ataque ocorrido na cidade de Tafawa Balewa, estado de Bauchi, ocorreu no mesmo dia em que, segundo a polícia, membros de uma seita muçulmana radical mataram um policial que fazia a segurança de um local para registro de eleitores no nordeste do país.

O ataque mostra a capacidade que integrantes da seita Boko Haram têm de realizar assassinatos apesar das ações policiais e militares. O comissário de polícia do estado teve de admitir que não pode garantir a segurança de funcionários eleitorais.

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"Sacrilégio"

Os episódios de violência ocorreram antes das eleições, marcadas para abril. Muitos temem que o pleito possa dar início a no­­vas tensões étnicas e religiosas num país que se transformou numa democracia apenas uma década atrás.

Em Tafawa Balewa, terra do ex-primeiro-ministro nigeriano Abubakar Tafawa Balewa, que foi assassinado, a violência co­­meçou na noite de quarta-feira, disse o comissário de polícia Muhammed Indabawa. Segun­­do ele, um grupo de jovens que jogavam bilhar começou a brigar, dando início à violência numa cidade acostumada com confrontos entre as duas principais religiões do país. A polícia paramilitar patrulhava as ruas da cidade nesta quinta-feira, em meio a mesquitas, igrejas e residências destruídas.

O comissário de polícia do Estado de Borno, Ibrahim Abu­­bakar, disse que um funcionário foi morto a tiros na noite de quarta-feira em Maiduguri, enquanto fazia a segurança de uma escola primária, onde os eleitores se registram para a eleição.

Abubakar disse que outro funcionário ficou ferido após o ataque, realizado por homens que estavam em motocicletas, marca registrada da Boko Ha­­ram, que significa "educação ocidental é um sacrilégio", na língua local hausa.

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