Ditador culpou González e María Corina Machado pelos protestos na Venezuela e pediu ação da Justiça, subserviente ao chavismo, contra os dois| Foto: EFE/Palácio de Miraflores
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Ao menos 11 pessoas já morreram na Venezuela durante os protestos contra o contestado resultado oficial da eleição presidencial de domingo (28), segundo quatro ONGs do país.

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Desse total, cinco mortes aconteceram na capital, Caracas, duas no estado de Zulia, duas em Yaracuy, uma em Aragua e outra em Táchira, disseram as ONGs Foro Penal, Justicia, Encuentro y Perdón (JEP), Provea e Laboratorio da Paz em uma entrevista coletiva.

O ditador Nicolás Maduro culpou a oposição pela violência nos protestos e ameaçou seus líderes, e já se comenta que eles podem ser presos nos próximos dias.

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“Não haverá impunidade face à onda terrorista criminosa. Responsabilizo [o candidato à presidência Edmundo] González Urrutia por tudo o que está acontecendo na Venezuela, pela violência criminosa, pelos delinquentes, pelos feridos, pelos mortos, pela destruição”, afirmou o ditador nesta terça-feira, durante uma reunião do Conselho de Estado e Defesa da Nação, segundo informações do site Efecto Cocuyo.

“Os senhores serão responsabilizados ​​diretamente, Edmundo González Urrutia e María Corina Machado [líder opositora]. A Justiça tem que chegar, na Venezuela tem que haver justiça, não se pode permitir que o povo seja atacado”, ameaçou.

Assim como o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o Ministério Público e o Legislativo, o Judiciário venezuelano é subserviente a Maduro.

Diante da ameaça do ditador, o governo da Costa Rica disse que recebeu a informação de que González e Machado podem ser presos em breve e ofereceu asilo político para ambos.

“Fomos informados de que existem mandados de apreensão, captura e prisão contra María Corina Machado e Edmundo González na Venezuela. Através de mim, o governo da República anuncia que estamos dispostos a conceder asilo político, refúgio, na Costa Rica, tanto a María Corina Machado como a Edmundo González”, disse o chanceler costarriquenho, Arnoldo André, num vídeo distribuído aos meios de comunicação.

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Desde segunda-feira (29), houve vários protestos em Caracas e em grande parte da Venezuela em rejeição ao resultado da eleição presidencial divulgado pelo CNE - que deu a vitória a Maduro. Os atos foram respondidos, em muitos casos, com repressão por policiais e militares.

A coordenadora da ONG Laboratório da Paz, Lexys Rendón, disse que essa entidade registrou um total de 210 “protestos espontâneos” em “todo o país”, que foram respondidos com “ações repressivas por parte do Estado venezuelano”.

De acordo com ela, membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) e agentes da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), além de “coletivos armados vinculados ao Estado”, geraram “uma onda de repressão”.

Um balanço divulgado pela Procuradoria-Geral da Venezuela apontou que ao menos 749 manifestantes foram presos. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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