A violência se intensificou no Iraque neste domingo, quando ao menos 15 pessoas foram mortas e 39 ficaram feridas após quatro atentados suicidas cometidos em três bairros de Bagdá e Mahmudiya, a 30 quilômetros ao sul da capital. Os ataques resultam de uma campanha de ataques suicidas, assassinatos e seqüestros deflagrada por insurgentes árabes sunitas, numa tentativa de derrubar o governo liderado pelos xiitas no Iraque, que é apoiado pelos Estados Unidos. O grande número de ataques suicidas sugere que o governo ainda tem um longo caminho pela frente para derrotar essa estratégia sangrenta que, segundo autoridades, é a pior ameaça à segurança no país árabe. Desde sexta-feira, mais de cem pessoas morreram em atentados terroristas no país árabe.

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Em Nova Bagdá, a explosão de um carro-bomba nesta manhã atingiu uma patrulha da polícia iraquiana, a leste da capital. Uma fonte policial disse que três oficiais foram mortos e nove pessoas ficaram feridas, incluindo cinco civis. Outro carro-bomba que explodiu num posto policial em Saydiya, ao Sul de Bagdá, matou um policial e um civil, deixando três civis feridos. Em outro ataque, também desferido pela explosão de um carro-bomba, desta vez na parte sudeste da cidade - um posto de polícia em frente a um prédio usado pela comissão eleitoral em Kamsara - mais três policiais morreram e dois civis ficaram feridos. A crueldade dos terroristas não poupou nem um cortejo fúnebre. Em Mahmudiya, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas quando homens armados atiraram contra o comboio que se dirigia a Najaf por uma rodovia expressa ao sul de Bagdá.

Os ataques deste domingo sucedem à carnificina perpetrada no sábado em Al Musayeb, cujo número de mortos após a explosão de um caminhão de combustível pode ter subido para 98, com 152 pessoas feridas, estando 65 deles em estado grave. A contagem foi feita por uma fonte não identificada que trabalha num hospital localizado perto de Hilla, ao Sul de Bagdá, a partir de sondagem feita junto a hospitais próximos. O atentado em Musayueb no sábado está sendo considerado um dos mais sangrentos após o fim da guerra do Iraque e a posse do novo governo, desde outro na cidade de Hillah, quando um suicida jordano matou mais de cem pessoas em fevereiro.

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Ao assumir a autoria do atentado no sábado que destruiu nove carros na porta de um mercado próximo ao um templo xiita em Al Musayeb, que fica ao Sul de Bagdá, a Al-Qaeda havia advertido que a capital iraquiana seria alvo de mais atos violentos. O caminhão-bomba explodiu depois de uma série de ataques perpetrados no mesmo dia pelo país que deixaram pelo menos 16 mortos, incluindo três soldados britânicos.

Um extremista suicida explodiu um carro no bairro de Doura, no sul de Bagdá, matando três civis e dois policiais, disse um policial. A violência também eclodiu perto da cidade de Mosul, no Norte do país. Um homem-bomba atacou uma delegacia de polícia, matando quatro policiais.

Em Amara, no sudeste do Iraque, três soldados britânicos morreram no que o Ministério da Defesa em Londres afirmou se tratar de uma emboscada na estrada. Segundo o ministério, as mortes elevaram para 92 o número de soldados britânicos mortos no Iraque. Um grupo insurgente iraquiano pouco conhecido disse em um site da internet que estava por trás das mortes dos soldados britânicos no sábado. A afirmação foi colocada em um site que costuma ser usado por vários grupos insurgentes iraquianos, inclusive o liderado pelo representante da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi. O grupo também reivindicou a morte de um juiz iraquiano na cidade de Nassiriya.

E na sexta-feira, em Bagdá, dez homens-bomba mataram pelo menos 32 pessoas.

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