A empresa Virgin Orbit, do magnata britânico Richard Branson, está entrando com pedido de falência após o fracasso de uma missão em janeiro deste ano e de ter dificuldades em conseguir financiamento de longo prazo para futuras missões.
Desmembrada a partir da empresa de turismo espacial Virgin Galactic, também de Richard Branson, em 2017, a Virgin Orbit é focada em colocar pequenos satélites no espaço. Ela utiliza aviões Boeing 747 modificados para lançar foguetes enquanto voam, ao invés de fazer lançamentos de uma base fixa.
Cerca de 85% de seus 750 funcionários, de acordo com a agência Reuters, foram demitidos na sexta-feira (31). Nesta segunda-feira, a empresa entrou com o processo de falência buscando vender seus ativos. “Embora tenhamos feito grandes esforços para resolver nossa situação financeira e garantir financiamento adicional, devemos fazer o que é melhor para o negócio”, disse o CEO da Virgin Orbit, Dan Hart.
Em 30 de setembro, a Virgin Orbit listou ativos totais de cerca de US$ 243 milhões e US$ 153,5 milhões em passivos totais.
A companhia afirmou que garantiu US$ 31,6 milhões em financiamento de devedor em posse da Virgin Investments Ltd, uma unidade do Virgin Group. Segundo Hart, uma vez que o financiamento seja aprovado pelo tribunal, espera-se que os fundos tragam a liquidez necessária para a Virgin Orbit continuar operando enquanto tenta a venda.
Falha
Em janeiro, a sexta missão da empresa falhou em atingir a órbita, depois que o estágio superior de um foguete foi desligado prematuramente. Segundo a Virgin Orbit, uma investigação descobriu que o filtro de combustível do foguete havia se deslocado, causando o superaquecimento de um motor e o mau funcionamento de outros componentes, fazendo com que a carga paga de satélites comerciais e de pesquisa relacionados à defesa fosse parar no oceano.