O Estado da Virgínia, nos Estados Unidos, vai executar nesta quinta-feira (23) a primeira mulher em quase 100 anos, depois de a Suprema Corte ter rejeitado a suspensão da pena capital. Teresa Lewis, de 41 anos, receberá uma injeção letal às 21 horas (horário local, 22 horas em Brasília) e será a primeira mulher a ser executada na Virgínia desde que Virginia Christian, de 17 anos, morreu na cadeira elétrica, em 1912.

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Críticos da pena de morte descrevem Teresa como um exemplo das falhas da pena capital, dizendo que ela não controla suas faculdades mentais e que foi enganada por seus cúmplices. Com um Quociente de Inteligência (QI) pouco acima de 70, ela foi considerada apta para ser julgada na Virgínia e confessou ter contratado dois homens, em 2002, para assassinar seu marido e seu enteado para embolsar os US$ 350 mil de seus seguros de vida.

Além da decisão da Suprema Corte, o governador da Virgínia, Bob McDonnell, declarou que não intervirá para interromper a execução, o que significa que todas as chances de uma suspensão estão esgotadas. "Após várias avaliações, nenhum médico concluiu que Teresa Lewis apresenta a definição médica ou determinada por estatuto de uma pessoa com problemas mentais", disse McDonnell, em comunicado. Ele acrescentou que não encontrou "razão forte o suficiente para suspender a sentença imposta pelo Tribunal Geral e confirmada por todos os tribunais de revisão".

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Histórico

Teresa conheceu Rodney Fuller e Matthew Shallenberger numa loja do Walmart, e logo iniciou um caso com Shallenberger, com 22 anos na época, e encorajou sua filha de 16 anos a namorar Fuller então com 19 anos. Ela admite ter deixado aberta a porta do trailer da família no condado rural de Pittsylvania County para que seus dois cúmplices pudessem entrar e atirar em seu marido e no filho dele, de 25 anos, que estava no Exército.

Os três confessaram o crime. Os atiradores foram condenados à prisão perpétua, mas Teresa, que foi considerada apta para enfrentar um julgamento, recebeu a pena de morte por ter planejado os assassinatos. Lewis será a 12ª mulher a ser executada nos Estados Unidos desde que a pena de morte foi reintroduzida no País em 1976. Neste período, 1.215 pessoas foram executadas. Os Estados Unidos estão no bloco dos países que mais executam pessoas por ano, juntamente com a China, Irã e Arábia Saudita. As informações são da Dow Jones.