Um médico da Libéria morreu de Ebola neste domingo e um médico americano está em tratamento, informaram fontes locais. A notícia eleva as preocupações em torno dos riscos enfrentados pelos profissionais de saúde, que tentam combater um surto do vírus, que já matou mais de 670 pessoas na África Central desde o início deste ano.
O doutor Samuel Brisbane tratava pacientes do Ebola no hospital John F. Kennedy Memorial Medical Center, em Monrovia. Ele morreu no sábado. Um médico da Uganda já havia falecido neste mês.
O profissional americano se chama Kent Brantly, tem 33 anos, e tratava pacientes na Libéria, onde 129 pessoas já morreram vítimas do Ebola. Ele recebe tratamento intensivo no hospital de Monrovia e sua situação é estável, de acordo com a porta-voz do Samantha's Purse, Melissa Strickland.
Fotos de Kent Brantly na Liberia mostram que o médico usava o macacão, que protege da cabeça aos pés, com luvas e uma máscara que cobre a cabeça e o rosto.
Não há cura para o Ebola, que começa com diversos sintomas, que incluem febre, dor de garganta, vômitos, diarreia e hemorragia interna e externa. Ao menos, 1,201 mil pessoas estão infectadas na Liberia, Serra Leoa e Guinea, de acordo com informações da Organização Mundial de Saúde. No total, 672 pessoas morreram com o Ebola, sendo 129 na Libéria, 319 na Guinea e 224 em Serra Leoa.
Existem indícios de que o surto de Ebola na África Central tenha começado em janeiro, na Guinea. Os primeiros casos foram confirmados em março.