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Visando união nacional, Milei convoca forças políticas e sociais para assinarem pacto histórico
O presidente da Argentina, Javier Milei, em abertura da Cúpula sobre a Paz na Ucrânia, no Buergenstock Resort em Stansstad, na Suíça| Foto: REUTERS/Denis Balibouse

O presidente da Argentina, Javier Milei, convocou nesta quinta-feira (20) toda a liderança política do país a assinar o chamado "Pacto de Maio" em 9 de julho na província de Tucumán, como parte da comemoração da independência do país.

Para o pacto, que seria assinado após a aprovação final das principais reformas, como a Lei de Bases e o pacote fiscal, Milei convocou todas as autoridades políticas, governadores das províncias argentinas, líderes dos principais partidos, ex-presidentes, membros da Suprema Corte de Justiça, empresários, trabalhadores e "todos os cidadãos argentinos".

"Espero que este ano seja lembrado na Argentina como o ponto de inflexão em que nos tornamos grandes novamente", acrescentou Milei, que liderou as comemorações do Dia da Bandeira na cidade de Rosário, às vésperas da aprovação, na próxima semana, pela Câmara dos Deputados, de um pacote de reformas fundamentais para seu governo.

Em um breve discurso, o presidente argentino comparou as ações do general Manuel Belgrano, criador da bandeira argentina e que morreu pobre em 20 de junho de 1820, diante dos "burocratas", para reforçar seu discurso pela liberdade: "Belgrano foi um maximalista da liberdade", disse Milei, acrescentando que "a liberdade é inescapável, por mais que alguns resistam ou queiram contê-la". O presidente foi aplaudido do início ao fim pelo público que estava presente.

"Para alcançar esse sonho, o sonho de uma Argentina próspera e livre, é essencial que todos nós que compartilhamos a causa da liberdade, que todos nós que entendemos que a Argentina deve abraçar novamente as ideias que nos tornaram grandes, deixemos de lado nossas cegueiras partidárias, nos desapeguemos de nossos interesses particulares e trabalhemos juntos para estabelecer a nova ordem econômica que a Argentina precisa para se tornar novamente uma potência mundial", declarou Milei.

Desde que assumiu o cargo, em 10 de dezembro do ano passado, Milei tem se empenhado em estabelecer uma estrutura regulatória que promova a liberdade econômica e reduza a intervenção do Estado na economia. Esse projeto é atualmente chamado de Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, um projeto legislativo ambicioso para canalizar seu projeto libertário e um pacote de medidas adicionais destinadas a aumentar a receita tributária.

Após uma primeira tentativa fracassada de aprovar essas leis em fevereiro, o governo reduziu pela metade o número de artigos do projeto e solicitou sua aprovação antes da assinatura do "Pacto de Maio", que se consumaria em 25 de maio, dia em que a Argentina comemora a formação do primeiro governo patriótico, mas os prazos planejados não puderam ser cumpridos.

Nas últimas semanas, o megaprojeto do libertário foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, embora nessa última Casa os legisladores tenham introduzido algumas reformas, razão pela qual elas precisam retornar à câmara baixa para aprovação final.

O principal ponto forte do governo de Milei é o fato de ter alcançado o equilíbrio fiscal no primeiro semestre do ano, uma relativa estabilidade financeira e uma base de apoio social, apesar do ajuste severo que está sendo aplicado para organizar as contas públicas e reduzir a inflação, que ainda ultrapassa 200% no período interanual. (Com Agência EFE)

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