Visita de Bush pode bloquear trânsito e espaço aéreo

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Brasília – O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deverá parar o trânsito e o espaço aéreo de São Paulo entre a noite de quinta-feira e o final de tarde de sexta-feira da próxima semana. Concentrada na assinatura de um acordo de cooperação bilateral na área de biocombustíveis com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a missão oficial de Bush no Brasil envolverá pelo menos cinco traslados pela cidade e duas visitas especiais – à organização não-governamental Meninos do Morumbi, próxima do Hilton Morumbi, onde estará hospedado, e ao terminal da Transpetro em Guarulhos, a cerca de 35 quilômetros.

Em princípio, Bush fará todos os deslocamentos na limusine blindada que figura quase sempre na lista de material indispensável de suas viagens internacionais. Assim como acontece em toda viagem internacional do presidente americano, está previsto o embarque de todo o material que Bush venha a necessitar – do carro blindado à água mineral e os lápis para suas anotações – em um segundo avião da Casa Branca. Agentes de segurança e de inteligência – inclusive atiradores de elite – devem compor sua comitiva.

A passagem de menos de 24 horas por São Paulo fará parte do roteiro de Bush pela América Latina, que envolverá suas visitas ao Uruguai, à Colômbia, à Guatemala e ao México. Mas a estadia na capital paulista trará a especial oportunidade a Bush de alimentar sua recente postura de líder preocupado com a redução da dependência de seu país do petróleo, com o impulso ao mercado de combustíveis renováveis e com a atuação do terceiro setor em obras sociais. Trata-se de uma guinada em sua imagem, até o momento vinculada às guerras no Afeganistão e no Iraque e à oposição aos compromissos do Protocolo de Kioto de redução da emissão de poluentes.

No terminal da Transpetro, além de observar a mistura do álcool à gasolina, Bush verá uma apresentação de automóveis da Ford e da GM com a tecnologia brasileira de motores flexfuel. Na Associação Meninos do Morumbi, será a vez de posar ao lado de algumas das 4.000 crianças e adolescentes assistidos pela ONG.